Alexandre Gonçalves - O Estado de S.Paulo
O Ministério da Saúde tem recorrido a revisões científicas para definir a inclusão de novos medicamentos na lista do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é evitar que o governo invista em alternativas terapêuticas de benefício duvidoso e alto custo.
Uma revisão, por exemplo, mostrou que stents convencionais - um tipo de prótese para artérias, que custa R$ 3 mil - são tão efetivos quanto stents revestidos com medicamentos, de R$ 15 mil. O trabalho contribuiu para poupar R$ 820 milhões no ano passado.
Outro estudo mostrou que o uso de uma droga oncológica no tratamento de degeneração macular úmida - doença que afeta cerca de 30 mil pessoas no País - poderia substituir com igual eficácia o remédio aprovado especificamente para tratar a doença. Com uma diferença: a terapia alternativa custa R$ 600 por olho afetado, enquanto a oficial não sai por menos de R$ 15 mil.
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