A
presidenta Dilma Rousseff afirmou, em pronunciamento, nesta quarta-feira (30),
que a luta pelo emprego e pelo salário está sendo vencida. Ela ainda revelou
ter assinado uma medida provisória que corrige a tabela do Imposto de Renda,
como nos últimos anos, garantindo mais dinheiro no bolso do trabalhador. Dilma
ainda assinou decreto que atualiza em 10% os valores do Bolsa Família, que é
recebido por 36 milhões de brasileiros. A medida assegura que os beneficiários
continuem acima da linha da extrema pobreza definida pela ONU.
“Estamos
vencendo a luta mais difícil e mais importante: a luta do emprego e do salário.
Não tenho dúvida, um país que consegue vencer a luta do emprego e do salário
nos dias difíceis que a economia internacional atravessa, esse país é capaz de
vencer muitos outros desafios. (…) Nosso governo tem o signo da mudança e,
junto com vocês, vamos continuar fazendo todas as mudanças que forem
necessárias para melhorar a vida dos brasileiros, especialmente dos mais pobres
e da classe média”, disse.
Dilma
também destacou que o governo vai continuar com a política de valorização do
salário-mínimo, apesar das críticas de que o pagamento tem crescido mais do que
devia. Para a presidenta, é um instrumento efetivo para a diminuição da
desigualdade e para o resgate da grande dívida social que ainda existe com os
trabalhadores mais pobres.
“Nosso
governo nunca será o governo do arrocho salarial, nem o governo da mão dura
contra o trabalhador. Nosso governo será sempre o governo dos direitos e das
conquistas trabalhistas, um governo que dialoga com os sindicatos e com os
movimentos sociais e encontra caminhos para melhorar a vida dos que vivem do
suor do seu trabalho”, afirmou.
Estabilidade
Dilma
afirmou que, mesmo que, em alguns períodos do ano, tenham ocorrido aumentos
localizados de preços, motivados, na maioria das vezes, por fatores climáticos,
os últimos 11 anos foram o período mais longo de inflação baixa da história
brasileira. Ela ainda lembrou que o salário do trabalhador cresceu 70% acima da
inflação, com a geração de mais de 20 milhões de novos empregos com carteira
assinada, sendo que 4,8 milhões no atual governo.
“E
esses aumentos causam incômodo às famílias, mas são temporários e, na maioria
das vezes, motivados por fatores climáticos. Posso garantir a vocês que a
inflação continuará rigorosamente sob controle, mas não podemos aceitar o uso
político da inflação por aqueles que defendem ‘o quanto pior, melhor’”,
destacou.
Combate
à corrupção
Dilma
reafirmou o compromisso do governo no combate incessante e implacável à
corrupção e que são órgãos do governo federal que têm revelado novos casos,
caso da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União. Segundo ela, mesmo
que a exposição dos fatos cause indignação e revolta de todos, isso não inibirá
as instituições de apurar e denunciar mais, lutando para os investigados sejam
punidos com rigor.
“O
que envergonha um país não é apurar, investigar e mostrar. O que pode
envergonhar um país é não combater a corrupção, é varrer tudo para baixo do
tapete. O Brasil já passou por isso no passado e os brasileiros não aceitam
mais a hipocrisia, a covardia ou a conivência”, destacou Dilma.
A
presidenta também defendeu a Petrobras, que é um símbolo de luta e afirmação do
Brasil, e que nunca vai se confundir com atos de corrupção. Segundo Dilma, tudo
que tiver que deve ser apurado vai ser apurado com o máximo rigor.
“Não
transigirei, de nenhuma maneira, em combater qualquer tipo de malfeito ou atos
de corrupção, sejam eles cometidos por quem quer que seja. Mas igualmente não
vou ouvir calada a campanha negativa dos que, para tirar proveito político não
hesitam em ferir a imagem dessa empresa que o trabalhador brasileiro construiu
com tanta luta, suor e lágrimas”, completou.
Pactos
Dilma
lembrou os pactos firmados após as manifestações de junho, que já produziram
resultados. Na educação, a lei que permitirá que a maior parte dos royalties e
dos recursos do pré-sal sejam aplicados na educação foi aprovada. Na saúde, o
programa Mais Médicos viabilizou a chegada, em seis meses, de mais de 14 mil
médicos em 3.866 municípios, oferecendo uma cobertura de atenção básica para 49
milhões de brasileiros.
Já
o pacto pela mobilidade urbana está investindo R$ 143 bilhões para melhorar o
sistema viário e o transporte coletivo público nas cidades brasileiras, com a
implantação de metrôs, veículos leve sobre trilhos, monotrilhos, BRTs,
corredores de ônibus e trens urbanos. Sobre a reforma política, a presidenta
afirmou que fará tudo o que estiver ao alcance para uma mudança na legislação
que modifique as práticas, dando condições de construir a sociedade do futuro
que todos almejamos.
“Foi assim que encaminhei ao Congresso
Nacional uma proposta de consulta popular
para que o povo brasileiro possa debater e participar ativamente da reforma
política. Sempre estive convencida que sem a participação popular não teremos a
reforma política que o Brasil exige. Por isso, além da ajuda do Congresso e do
Judiciário, preciso do apoio de cada um de vocês, trabalhador e trabalhadora”,
disse