01-.
Índio baleado está sob proteção federal desde 2013:
Alex
Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Edição: Beto Coura
Baleado
na madrugada de hoje (19), em Miranda (MS), o líder indígena Paulino Silva
Terena é uma das 342 pessoas incluídas no Programa de Proteção a Defensores de
Direitos Humanos, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República. Líder do movimento que há mais de um século reivindica a demarcação
da Terra Indígena Pillad Rebuá, Paulino foi incluído no programa federal em
fevereiro de 2013, devido às ameaças de morte que relatou estar sofrendo. O
atentado de hoje foi o segundo nos últimos cinco meses.
Em
dezembro de 2013, dez meses após ser inserido no programa de proteção, Paulino
sofreu o primeiro atentado. Na madrugada de 6 de dezembro, o líder indígena
avistou uma caminhonete próxima ao acampamento indígena Moreira, em Miranda, a
200 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande. Ao se aproximar
do veículo, sem escolta ou segurança, Paulino foi surpreendido por homens
encapuzados que deixaram a caminhonete e atearam fogo em seu carro.
O
terena sofreu queimaduras, mas conseguiu escapar. Um boletim de ocorrência foi
registrado pela Polícia Civil de Miranda, mas, segundo o delegado Luís Alberto
Ojeda, a apuração está com a Polícia Federal. De acordo com Edno Terena, outra
liderança da mesma comunidade indígena, passados cinco meses, o atentado não
foi esclarecido: “há suspeitos, mas ninguém está respondendo por isso”.
02-.
Balança comercial tem superávit de US$ 563 milhões na terceira semana de maio:
Wellton
Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade
Depois
de registrar resultado negativo de US$ 20 milhões na semana retrasada, a
balança comercial (diferença entre exportações e importações) recuperou-se na
terceira semana de maio e voltou a ter superávit. Segundo o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações superaram as
importações em US$ 563 milhões na semana passada.
No
mês, a balança comercial acumula superávit de US$ 789 milhões. Apesar do
resultado positivo em maio, o indicador, no entanto, continua negativo em 2014,
acumulando déficit de US$ 4,777 bilhões no ano, um pouco menor que o de US$
5,089 bilhões registrado no mesmo período de 2013.
A
melhora do saldo da balança comercial é mais resultado da queda das importações
do que do desempenho das exportações. No acumulado do ano, as vendas para o
exterior totalizam US$ 80,691 bilhões, queda de 2,1% em relação ao mesmo
período de 2013 pela média diária. As compras externas, no entanto, somam US$
85,468 bilhões, recuo de 2,2% também pelo critério da média diária.
Nas
três primeiras semanas de maio, as exportações acumulam queda de 0,5% em
relação ao mesmo período de 2013 pela média diária. As vendas de produtos
básicos (bens agrícolas e minerais) cresceram 7% nesse tipo de comparação,
impulsionadas por minério de cobre, petróleo bruto, carne bovina e suína e
pelas safras de café e de soja. No entanto, as exportações de manufaturados
caíram 7,8%, principalmente por causa da redução da venda de veículos e aviões,
e as de semimanufaturados recuaram 13,5%, puxadas pelo açúcar bruto.
As
importações registram queda de 4% pela média diária nas três primeiras semanas
do mês em relação ao ano passado. De acordo com o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as maiores retrações foram
registradas nas compras de combustíveis e lubrificantes (-27,6%), borracha
usada em obras (-10,1%) e farmacêuticos (-7,1%).
03-.MPF
denuncia cinco militares pela morte de Rubens Paiva:
Vladimir
Platonow - Repórter da Agência Brasil Edição: Helena Martins
Rubens
Paiva
Rubens
Paiva Secretaria de Estado da Cultura / SP
O
Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou hoje (19) cinco
militares reformados pelos crimes de homicídio e ocultação do cadáver do
ex-deputado Rubens Paiva. O crime foi cometido entre os dias 21 e 22 de janeiro
de 1971, nas dependências do Destacamento de Operações de Informações (DOI) do
1° Exército, no Batalhão de Polícia do Exército, na Tijuca, zona norte do Rio.
Saiba
Mais
Comissão
Nacional da Verdade aponta autores da morte de Rubens Paiva
Para
filha, desaparecimento de Rubens Paiva foi o protótipo do caso Amarildo
Os
cinco militares também foram denunciados por associação criminosa armada, e
três deles, por fraude processual. O MPF denunciou o ex-comandante do DOI,
general José Antônio Nogueira Belham, e o ex-integrante do Centro de
Informações do Exército (CIE), coronel Rubens Paim Sampaio, por homicídio
triplamente qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa armada.
Foram denunciados por ocultação de cadáver, fraude processual e associação
criminosa armada o coronel reformado Raymundo Ronaldo Campos e os militares
Jurandyr Ochsendorf e Souza e Jacy Ochsendorf e Souza.
O
procurador da República Sérgio Suiama explicou que as ações que resultaram na
prisão e morte de Rubens Paiva se enquadram como crimes de Estado, praticados
sistematicamente e de forma generalizada contra a população. Por isso, segundo
ele, os crimes podem ser tipificados como de lesa-pátria. Ele argumenta que não
há prescrição porque são crimes cometidos contra a humanidade. Da mesma forma,
também os praticantes não são beneficiados pela Lei da Anistia.
A
filha de Rubens Paiva, Vera Paiva, participou da coletiva no MPF e disse estar
agradecida pelo desfecho da denúncia. "Agradeço o privilégio de
estabelecer um marco como o Brasil tem tratado a violência de Estado",
declarou ela, que citou o caso do pedreiro Amarildo de Souza como exemplo da
permanência da violência contra o cidadão.
As
investigações do MPF duraram cerca de três anos e envolveram a análise de 13
volumes de documentos. Foram tomados depoimentos de 27 pessoas.