Inmetro: novas regras de segurança para berço devem ser
definidas até dezembro
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Inmetro quer definir novas regras de segurança para berços
comercializados no Brasil até dezembro Marcello Casal Jr. / Arquivo Agência
Brasil
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(Inmetro) abriu consulta pública para revisar as regras de segurança para
berços comercializados no Brasil. O texto pode ser acessado pela internet e
ficará disponível durante todo o mês de setembro. A expectativa, segundo o
chefe da divisão de Regulamentação Técnica, Leonardo Rocha, é que a nova
regulamentação seja publicada até o final deste ano.
Rocha explicou que as atuais regras de segurança para berço
estão em vigência no país desde 2011 e que a proposta que consta na consulta
pública, além de aperfeiçoar a regulamentação já existente, inclui diversos
tipos de berço – como o berço balanço (imita o movimento de ninar), o berço de
movimento pendular (permite movimento em qualquer direção) e o mini berço
(utilizado nos primeiros meses do bebê).
Outro aspecto proposto pelo Inmetro trata da proibição das
chamadas laterais móveis de berços de madeira ou similares. Segundo Rocha, o
monitoramento de acidentes registrados no país e no exterior demonstra que esse
tipo de acessório representa fonte de risco para o bebê. “Há o risco de prender
o braço, a perna, a cabeça, tudo durante uma operação normal dessa lateral.
Além disso, com o uso, a lateral começa a apresentar folgas que colocam a
criança em situação de risco”, explicou.
No caso dos chamados berços dobráveis, o Inmetro pretende
ser mais rigoroso no quesito respirabilidade do tecido utilizado na fabricação,
já que as laterais precisam ser de tecido flexível para que o item possa ser
dobrado e facilmente transportado. Outra exigência proposta para esse tipo de
berço é que o espaçamento admitido nas laterais, em relação ao colchão, seja
reduzido.
A jornalista Rafaella Costa, 29 anos, aguarda a chegada da
segunda filha. No sétimo mês de gestação, já está com o quartinho da criança
praticamente pronto – inclusive com o berço já montado. Ela conta que, na
primeira gravidez, sua principal preocupação estava relacionada à segurança do
berço e que o mesmo critério foi utilizado na escolha do produto para a segunda
filha.
“Você precisa sempre checar se está tudo ok, se o berço
segue todas as regras de segurança. Não estava sabendo das mudanças propostas
pelo Inmetro, mas vou manter a atenção redobrada”, disse. “Usei um berço
dobrável com a minha primeira filha, mas realmente a atenção tem que ser maior
nesse caso. É um berço para emergência, para quando a gente sai, viaja. E,
mesmo assim, tem que ficar de olho.”
A contadora Marcela Monte, 34 anos, tem três filhos. O mais
novo, Gustavo, de 3 meses, herdou o berço de uma das irmãs. Há seis anos,
quando o item foi comprado, as preocupações da mãe incluíam a segurança e a
durabilidade do produto. “Olhei as grades, os espaços entre elas, para checar
se estava tudo de acordo. Sabia que havia alguns padrões a serem seguidos e é
importante estar atenta. Não estava sabendo das mudanças proposta pelo Inmetro,
mas vou ficar com os dois olhos bem abertos.”
Quem tiver alguma dúvida, crítica ou sugestão em relação às
regras de segurança de berços comercializados no Brasil pode entrar em contato
com o Inmetro por meio do telefone 0800 2851818.
Edição: Lílian Beraldo