Contas externas têm saldo negativo de US$ 3,076 bilhões em
setembro
O saldo negativo das transações correntes, que são as
compras e as vendas de mercadorias e serviços do país com o mundo, ficou em US$
3,076 bilhões, em setembro, e acumulou US$ 49,362 bilhões, nos nove meses do
ano. A informação foi divulgada hoje (23) pelo Banco Central.
No mês passado, a conta de serviços (viagens internacionais,
transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) contribuiu para o
resultado negativo, com US$ 2,913 bilhões. Na conta de renda primária (lucros e
dividendos, pagamentos de juros e salários), o déficit ficou em US$ 3 bilhões.
A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e
distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida
de serviços ou bens) apresentou resultado positivo, de US$ 207 milhões, assim
como a balança comercial (exportações e importações), US$ 2,630 bilhões.
Quando o país tem déficit em conta-corrente, ou seja, gasta
além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos
estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no
país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da
economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo.
Em setembro, o IDP chegou a US$ 6,037 bilhões, acumulando
US$ 48,211 bilhões, nos nove meses do ano.
O investimento em ações negociadas no Brasil e no exterior
chegou a US$ 276 milhões, no mês passado, e a US$ 10,403 bilhões, de janeiro a
setembro. No caso do investimento em títulos negociados no país, houve mais
saída de investimentos do que entrada, com saldo negativo de US$ 3,605 bilhões,
no mês. De janeiro a setembro, o saldo ficou positivo em US$ 15,114 bilhões.