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sexta-feira, outubro 02, 2015

Em nota, Cunha reitera depoimento dado à CPI e nega ter conta na Suíça

Na nota, presidente da Câmara diz desconhecer teor da investigação.
PGR confirmou que MP suíço enviou ao Brasil investigação do deputado.

Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília










O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), divulgou nesta sexta-feira (2) uma nota na qual rebate as suspeitas de que tenha contas bancárias secretas na Suíça. No comunicado, o peemedebista reiterou as declarações que deu em depoimento à CPI da Petrobras em março, quando negou manter contas no exterior.
A Procuradoria Geral da República (PGR) confirmou na última quarta-feira (30) que o Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil os autos de uma investigação sobre Cunha por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A apuração aponta a existência de contas bancárias em nome de Cunha e de parentes dele no país europeu. O volume de recursos encontrado é mantido em sigilo e foi bloqueado pelas autoridades suíças.
Na nota, porém, Cunha não diz textualmente que não possui contas no exterior. Ele escreve apenas que "reitera o teor do seu depoimento prestado a CPI da Petrobras de forma espontânea".
Na ocasião em que foi à comissão, em março deste ano, o peemedebista foi questionado pelo deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) sobre a existência de contas na Suíça ou em algum paraíso fiscal. Cunha negou: "Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está declarada no meu imposto de renda”, disse.OPERAÇÃO LAVA JATOPF investiga esquema de corrupção

Cunha foi à CPI de forma voluntária assim que saiu a lista dos políticos investigados pela Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras. As investigações do Ministério Público suíço começaram em abril deste ano, segundo informou a PGR.

Em seu depoimento à comissão, ele garantiu que não possuía nenhuma conta bancária no exterior.

Na nota, Cunha diz ainda desconhecer o conteúdo dos fatos veiculados e afirma que não se pronunciará sobre o assunto sem ter acesso ao “conteúdo real” do que vem sendo divulgado. “Assim que tiver ciência, por meio de seus advogados, o presidente se manifestará”, diz a nota.
O presidente da Câmara alega ver com "muita estranheza" o que ele classifica de "divulgação seletiva de notícias" com o objetivo de constrangê-lo. O peemedebista reproduz ainda trechos de uma nota anterior que divulgou em agosto, data em que a Procuradoria Geral da República enviou denúncia contra ele ao Supremo Tribunal Federal (STF), em que afirma que as suspeitas contra ele são "patrocinadas pelo PT e pelo governo federal" e questiona o fato de não haver ainda nenhuma denúncia contra "membro do PT ou do governo, detentor de foro privilegiado".
Ele conclui a nota dizendo que continua "absolutamente tranquilo" e faz seu trabalho com "lisura e independência", "confiando plenamente na isenção e imparcialidade do Supremo Tribunal Federal".
Desde que veio à tona a notícia de que as autoridades suíças haviam enviado ao Brasil as informações de que ele manteria contas naquele país europeu, Cunha vinha se recusando a responder se tem ou não conta no exterior. A divulgação da nota é a sua primeira manifestação sobre o caso.
Leia a íntegra da nota divulgada pelo presidente da Câmara:
NOTA À IMPRENSA
Com relação às notícias veiculadas acerca de supostas movimentações financeiras no exterior, atribuídas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, esclarecemos:
1)    O presidente desconhece o teor dos fatos veiculados e não tecerá comentários sem ter acesso ao conteúdo real do que vem sendo divulgado. Assim que tiver ciência, por meio de seus advogados, o presidente se manifestará.
2)    O presidente reitera o teor do seu depoimento prestado a CPI da Petrobrás de forma espontânea.
3)    O presidente reafirma seu posicionamento na nota divulgada no dia 20 de agosto de 2015 onde entre outras observações, destacou:
“Também é muito estranho não ter ainda nenhuma denúncia contra membro do PT ou do governo, detentor de foro privilegiado.”
“À evidência de que essa série de escândalos foi patrocinada pelo PT e seu governo, não seria possível retirar do colo deles e tampouco colocar no colo de quem sempre contestou o PT, os inúmeros ilícitos praticados na Petrobrás.”

4)    Diante desses fatos causa muita estranheza a divulgação seletiva de notícias visando unicamente constranger o presidente da Câmara, em contrapartida ao silêncio sobre fatos graves que não foram objeto de divulgação alguma.
Refutamos a tentativa contínua de transformar o presidente da Câmara no principal foco da investigação.

5)    O presidente continua absolutamente tranquilo realizando seu trabalho com a mesma lisura e independência, confiando plenamente na isenção e imparcialidade do Supremo Tribunal Federal.
ASSESSORIA DE IMPRENSA
GABINETE DA PRESIDÊNCIA

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