Henrique diz que estratégia da oposição é imprevisível na abertura do impeachment de Dilma
Ministro do Turismo informou que a presidente pediu mais diálogo com os congressistas.
Segundo Henrique Eduardo, a presidente Dilma pediu aos ministros “mais diálogo e atenção” com o Congresso Nacional.
O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB), disse ontem (12) que a estratégia da oposição é “imprevisível” com relação ao início do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vai despachar amanhã (13) pelo menos oito pedidos de impedimento da presidente da República.
Segundo Henrique Eduardo, a presidente Dilma pediu aos ministros “mais diálogo e atenção” com o Congresso Nacional.
“A pauta é ampla, e inclui, por exemplo, a DRU (Desvinculação das Receitas da União), matérias importantes de interesse do Executivo”, disse o ministro.
Henrique evitou falar que a presidente da República tenha tratado diretamente sobre o impeachment. “Na última reunião que participei, na quinta-feira, esse assunto não foi abordado”, jura o peemedebista.
“Todos os assuntos de interesse do governo dependem de boa articulação e convencimento dos líderes, deputados e senadores. Todos precisam dialogar”, disse Henrique.
Dilma Rousseff pediu atenção para o relatório do TCU que rejeitou as contas do governo, e para a votação do Orçamento da União para 2016 na Comissão Mista do Orçamento do Congresso Nacional. "Ela foi bastante específica: com relação ao relatório do TCU, a presidente determinou responder a todos os questionamentos. No caso da DRU, pediu urgência porque a matéria precisa ser votada até o final do ano", informou o peemedebista.
A DRU é um mecanismo que permite ao governo remanejar livremente uma porcentagem do que arrecada. Atualmente, a desvinculação é de 20 por cento, mas o texto da PEC enviado ao Congresso em julho eleva essa parcela para 30 por cento, além de alterar os tributos que poderão ser desvinculados.
O ideal é que a PEC com a prorrogação seja aprovada pelas duas casas até 31 de dezembro, quando vence a atual desvinculação, e de preferência antes da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016, que deve já trazer a previsão de desvinculação para o ano que vem.
Impeachment
O ministro do Turismo disse que o deputado Eduardo Cunha, de quem é próximo, já indeferiu mais de uma dezena de pedidos de impeachment contra a presidente Dilma, e que seguirá analisando os processos. “Faltam outros pedidos. A estratégia da oposição é imprevisível”, concluiu Henrique Eduardo Alves.