Horário de verão deve resultar em economia de R$ 7 bilhões
para o governo
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
O horário de verão deste ano deverá resultar em uma economia
de R$ 7 bilhões nos investimentos previstos para o setor elétrico brasileiro.
Anunciada ontem (15), a estimativa do governo tem por base a expectativa de que
deixarão de ser consumidos 2.610 megawatts (MW) na edição 2015-2016.
O novo horário terá início à 0h de domingo (17), quando os
relógios deverão ser adiantados em uma hora. A medida terá vigor até meia-noite
do dia 21 de fevereiro de 2016. “É um investimento economizado”, justificou o
secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barat, ao
anunciar os números;
O horário de verão de 2015/2016 inclui o Distrito Federal e
os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio
de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
De acordo com o ministério, nos últimos dez anos a medida
tem possibilitado uma redução média de 4,5% na demanda por energia no horário
de maior consumo e uma economia absoluta de 0,5%. Isso equivale aproximadamente
ao consumo mensal de uma cidade do porte de Brasília, com 2,8 milhões de
habitantes.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o
principal objetivo da medida é a redução da demanda no período de ponta, entre
as 18h e as 21h. A estratégia é aproveitar a intensificação da luz natural
durante o verão para reduzir o gasto de energia.
Entre os meses de outubro e fevereiro, os dias têm maior
duração em algumas regiões por causa da posição da Terra em relação ao Sol. Por
isso, a luminosidade natural pode ser melhor aproveitada.