MP denuncia 14 PMs por receber drogas, queijos e até galinhas como suborno
O Ministério Público do Rio Grande do Norte denunciou 14 policiais militares (veja lista abaixo) por aceitar suborno de dinheiro, drogas, queijos e até galinhas na região Norte de Natal. O promotor Silvio Brito, que participou da operação, disse que os policiais corruptos não davam viagem perdida. Poderão pegar mais de 12 anos de prisão e serem expulsos da corporação.
O nível de desonestidade dos PMs investigados, presos e denunciados era tão alto que eles próprios definiam bem quem eles eram e o que faziam e as razões. Nas gravações eles falaram que “honestidade não vale nada” e questionaram porque eles deveriam ser honestos “os políticos não são”. As escutas foram feitas com autorização da justiça nas viaturas.
A corrupção era tão generalizada entre os investigados pelo Ministério Público Estadual e o comando geral da PM que teve uma situação onde os policiais aceitaram como suborno para soltar um criminoso R$ 60,00 e duas galinhas, no dia 5 de maio passado durante uma abordagem num suspeito encontrado com munições no município de Parnamirim.
No dia 17 de outubro do ano passado, eles cometeram, segundo o Ministério Público, o crime de corrupção passiva por terem aceito receber “dinheiro ou vantagem indevida” dos traficantes Eduardo Rodrigues e Joel Rodrigues para liberarem José Macário Rodrigues de Oliveira, o Zé Macário, e Ivonaldo Galdino do Nascimento, o Biita, ligados aos dois traficantes.
Esquema de corrupção dentro da Policia Militar, precisamente no 9o Batalhão de Policia Militar de Natal, foi descoberto na Operação Citronela, instaurada para investigar o tráfico de drogas na Favela do Mosquito. Durante as interceptações autorizadas pela Justiça, os traficantes foram flagrados combinando crimes com os policiais. Daí foi aberto a Operação Novos Rumos, que terminou nesta terça-feira com a prisão de 12 PMs.
Em seguida, os promotores de Justiça chegaram ao nome de mais dois PMs envolvidos, chegando ao número de 14 policiais denunciados na Justiça por diversos crimes, todos considerados gravíssimos.
Com informações do G1 e gráfico da Tribuna do Norte
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