Vírus
da gripe circula sempre e prevenção deve ser permanente, diz especialista
Paula
Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Casos
de influenza A (H1N1), conhecida como gripe A, voltaram a colocar autoridades
sanitárias em estado de alerta. Em geral, os surtos da doença ocorrem no país a
partir de junho, com a chegada do inverno. Mas, nos três primeiros meses deste
ano, o número de infecções já ultrapassa o total de todo o ano passado. Esta
semana, foram confirmadas mortes em decorrência do vírus em Brusque (SC),
Cuiabá, Dourados (MS), Goiânia e Rio de Janeiro. O estado de São Paulo já
contabiliza 38 óbitos por complicações atribuídas ao H1N1, de pelo menos 42
mortes em todo o país.
Infectologista
Alexandre Naime Barbosa
O
infectologista da Unesp Alexandre Naime Barbosa defende que as medidas de
prevenção à gripe devem ser permanentesArquivo Pessoal
Em
função do cenário atual, governos estaduais e municipais estudam antecipar o
início da imunização contra a gripe - cujo público-alvo é composto de profissionais
de saúde, crianças maiores de 6 meses e menores de 5 anos, gestantes e idosos.
A campanha nacional de vacinação está prevista para ocorrer entre os dias 30 de
abril e 20 de maio, mas o Ministério da Saúde informou que já começou a fazer o
envio dos lotes aos estados. A previsão é que, até 15 de abril, sejam enviadas
25,6 milhões de doses, o que corresponde a 48% do total de doses a serem
enviados para toda a campanha deste ano. Já o envio da vacina aos municípios,
segundo a pasta, é de responsabilidade dos governos estaduais.