STF autoriza abertura de 6º inquérito para investigar Collor
na Lava Jato
Relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), o
ministro Teori Zavascki autorizou a abertura do 6º inquérito para investigar o
senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) por suspeita de ligação com o esquema
de corrupção da Petrobras.
O ministro atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da
República. A nova investigação apura crime de corrupção passiva.
Collor já foi denunciado na Lava Jato ao STF, sendo acusado
de ter recebido R$ 26 milhões em suborno durante cinco anos em negócios
relacionados à BR Distribuidora.
O senador já foi denunciado ao STF por crimes como corrupção
e lavagem de dinheiro e diz “respeito ao funcionamento de uma organização
criminosa relacionada à BR Distribuidora, voltada principalmente ao desvio de
recursos em provimento particular, à corrupção de agentes públicos e à lavagem,
de dinheiro”.
Na denúncia, o Ministério Público aponta nove condutas
criminosas ao senador, entre eles, forjar empréstimos fictícios supostamente
tomados por ele e sua mulher da TV Gazeta a fim de justificar aquisição de bens
pessoais de luxo com valores oriundos do crime e encaminhar a agência bancária
pedido de estorno de crédito relativos a depósitos em dinheiro em sua conta
pessoal, com o objetivo de se desvincular dessas operações e evitar a
instauração de investigação sobre os fatos.
O senador tem dito tem dito que jamais “manteve qualquer
relacionamento com o delator Alberto Youssef, conforme reconhecido pelo próprio
doleiro na miríade de suas delações”. Como nunca tiveram negócios, segundo o
ex-presidente, não havia razões para Youssef fazer depósitos em sua conta.
Sobre os depósitos em dinheiro feitos em contas dele e de
suas empresas, Collor diz por meio de sua assessoria”não tem qualquer
responsabilidade sobre o modo utilizado por terceiras pessoas para o depósito
de valores em sua conta corrente”.
Ele afirma não ter determinado o depósito em valores
fracionados, “método que, aliás, protege apenas o depositante e não o
beneficiário, na medida em que os valores são creditados em conta de sua
titularidade”.
O senador afirma também que não participa da gestão nem do
cotidiano da TV Gazeta e “Gazeta de Alagoas”.
Folha