Em Brasília, protesto contra o governo Temer pede novas
eleições
A concentração foi marcada para as 8h30, pouco antes do
início das celebrações de 7 de setembro, agendadas para as 9h. Os manifestantes
reuniram-se no Museu Nacional, fizeram cartazes e começaram a gritar palavras
de ordem por volta das 9h. A expectativa da organização é que 5 mil pessoas
participem do ato. Após o desfile, os manifestantes seguirão em caminhada até o
Congresso Nacional.
A movimentação era tranquila no início da manhã. Um grupo
estendia quatro faixas com os dizeres: “Fora Temer, eleições já”, deixando-as
visível para quem descia o Eixo Monumental em direção ao Congresso Nacional.
Mais tarde, outros movimentos também estenderam suas faixas de protesto. Ao
todo, mais de 90 entidades se posicionam contra o governo Temer e questionam a
legitimidade da tomada de poder, que classificam como golpe.
“O ato faz parte de uma série de ações contra o governo. Não
concordamos com as propostas para diversas áreas, como educação, comunicação”,
diz Breno Lobo, integrante do movimento Juntos - Juventude em Luta.
Militantes do PT estenderam uma faixa verde e amarela de 150
metros já usada no 7 de Setembro do ano passado. O “Não vai ter golpe” de 2015
virou “Fora Temer”, escrito em vermelho.
O protesto foi convocado pelas redes sociais, recebeu mais
de 4 mil confirmações e 4,6 mil manifestaram interesse no ato pelo Facebook, em
Brasília. Ações semelhantes foram convocadas em outras cidades do país. A
manifestação “Fora Temer”, une-se, este ano, ao Grito dos Excluídos, protesto
tradicional de 7 de Setembro, que reúne movimentos sociais em busca de
visibilidade e melhores condições de vida.
“Neste ano, o nosso lema é Fora Temer, nenhum direito a
menos. Vamos deixar claro que não sairemos das ruas”, diz Wilma dos Reis, uma
das organizadoras do ato. Em frente a um cartaz do coletivo
#Mulherespelademocracia, ela diz que os direitos das mulheres estão ameaçados
por diversas medidas do atual governo. “É um governo de homens, héteros e
brancos, onde a mulher é vista apenas como decorativa nos altos cargos”.
agenciabrasil