Vila dos Atletas e arenas recebem equipamentos para a
Paralimpíada
Agência Brasil
A Vila dos Atletas e as arenas de competição estão sendo
preparadas para receber os atletas paralímpicos. Na Arena do Futuro, por
exemplo, o piso onde foi disputado o handebol está sendo substituído para receber
as provas do goalball.
Como o número de atletas será menor - são cerca de 4,3 mil
paralímpicos contra mais de 11mil olímpicos - os quartos na Vila dos Atletas
foram reduzidos em 40%. Estão sendo retirados armários, camas, luminárias,
edredons, almofadas e colchões colocados para os Jogos Olimpícos. O material é
levado para o Centro de Distribuição Principal dos Correios, espécie de armazém
temporário onde fica toda a logística da Rio 2016, em Duque de Caxias, na
Baixada Fluminense.
Rio de Janeiro - Vista da área residencial da Vila Olímpica
dos Jogos Rio 2016 (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Vista da área
residencial da Vila Olímpica dos Jogos Rio 2016, onde estão hospedados os
atletas - Fernando Frazão/Agência Brasil
Segundo organizadores, a Vila dos Atletas é a maior
instalação olímpica já construída, com 31 prédios de até 17 andares e com
capacidade para abrigar até 17 mil pessoas.
As 32 arenas usadas por 42 modalidades esportivas olímpicas
foram reduzidas para 21 áreas de provas nos Jogos Paralímpicos. A Arena Olímpica de Tênis foi dividida em
duas instalações: uma para tênis paralímpico e outra para futebol de 5,
praticado por atletas com deficiência visual.
O que não será mais usado vai dar lugar aos equipamentos
adaptados para os atletas paralímpicos, como traves, redes e bolas com guizos
para o goalball e o futebol de 5; caiaques paralímpicos, para a canoagem
velocidade; tatames, para provas de judô; bolas, para o rugby em cadeira de
rodas; pisos de bocha; rampas e pódios, para a natação; e tabelas de basquete.
Toda essa operação, retirada dos equipamentos que não serão
mais usados e montagem dos novos, é feita pelos Correios, operador logístico
oficial dos Jogos Rio 2016.
Segundo o coordenador-geral da Força-Tarefa da empresa nos
Jogos Rio 2016, Carlos Henrique de Luca Ribeiro, as arenas já estão
praticamente prontas para o início da Paralimpíada, com 80% do trabalho de transição
concluído. Para a operação logística, a empresa dispõe de 170 caminhões, 2 mil
equipamentos de movimentação, 275 funcionários próprios e em torno de 1,7 mil
terceirizados.
Já a Arena da Juventude, Campo Olímpico de Golfe, Centro
Olímpico de Hóquei, Centro Olímpico de BMX,
Centro de Mountain Bike e o Centro Aquático de Deodoro serão
desativados, pois não serão usados para a Paralimpíada, assim como a arena do
vôlei de praia, em Copacabana.
Todo o material é levado para o centro em Duque de Caxias e depois
será entregue para a prefeitura, confederações esportivas, organizações de
eventos e Forças Armadas. Até 30 de novembro, os Correios têm que tirar todos
os materiais e desfazer as estruturas.
Nos Jogos Paralímpicos, a empresa ficará com o transporte
das 528 medalhas que serão disputadas por atletas de 160 países.
Achados e perdidos
O coordenador-geral Carlos Henrique de Luca Ribeiro informou
ainda que mais de 5 mil objetos foram perdidos dentro das arenas de competição
da Olimpíada e encaminhados para a empresa. Do total, 5% foram devolvidos.
Os objetos perdidos incluem documentos, celulares, carteiras
com dinheiro, roupas, muletas e mochilas com tablets.
A empresa, junto com a Polícia Civil, busca os donos dos
materiais. O que não for devolvido será entregue ao Comitê Organizador Rio
2016.
Para saber sobre os objetos, basta ligar para o telefone
3004-2016. Passaportes e documentos estrangeiros são encaminhados ao Centro
Integrado de Comando e Controle (CICCr) da cidade onde foram localizados.