Custo da cesta básica cresce em todas as capitais em 2016
Maiores altas da cesta básica ocorreram em Rio Branco
(23,63%), Maceió (20,69%) e Belém (16,70%)Agência Brasil/EBC
O custo da cesta básica aumentou nas 27 capitais brasileiras
no acumulado de 2016, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores altas ocorreram em
Rio Branco (23,63%), Maceió (20,69%) e Belém (16,70%). As menores variações
foram em Recife (4,23%), Curitiba (4,61%) e São Paulo (4,96%).
Na comparação entre novembro e dezembro, o valor da cesta
diminuiu em 25 cidades. As quedas mais expressivas foram em Aracaju (-5,11%),
Campo Grande (-4,16%) e São Luís (-4,13%). Apenas Manaus (0,22%) e Rio Branco
(0,97%) registraram alta.
O maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi
apurado em Porto Alegre (R$ 459,02), seguido de Florianópolis (R$ 453,80), Rio
de Janeiro (443,75) e São Paulo (R$ 438,89). Os menores valores médios foram
observados em Recife (R$ 347,96), Aracaju (R$ 349,68) e Natal (R$ 351,96).
Tipos de alimentos
Durante o ano passado, o preço médio do leite integral,
feijão, arroz agulhinha, café em pó e manteiga aumentou em todas as capitais.
Apresentaram queda o tomate (em 26 capitais) e a batata (em 10 capitais).
O preço do leite integral aumentou 37,97% em Salvador. A
manteiga teve variações que oscilaram entre 27,15% em Rio Branco, e 63,53% em
João Pessoa. O feijão preto também registrou alta de 72,97% em Florianópolis e
85% em Vitória. O feijão carioquinha teve altas expressivas em Maceió
(133,48%), Rio Branco (125,30%) e Manaus (100,37%).
O tomate acumulou queda em todas as cidades, menos Rio
Branco (7,71%). As retrações mais expressivas ocorreram em Campo Grande
(-40,04%), Recife (-36,98%) e Brasília (-33,78%).
A batata teve o preço reduzido em 10 localidades. As taxas
variaram entre -48,09% em Belo Horizonte e -19,86%, em São Paulo.
O Dieese estimou que o valor do salário mínimo necessário
para suprir necessidades básicas de uma família de quatro pessoas deveria ser,
em dezembro, R$ 3.856,23.
Em novembro, o mínimo necessário era de R$ 3.940,41. Em
dezembro, o tempo médio de trabalho necessário para adquirir os produtos da
cesta básica foi de 98 horas e 59 minutos. Em novembro, foi 100 horas e 56 minutos.
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