Governo aponta 10 mortes em Alcaçuz
O Governo do Rio Grande do Norte confirmou que, até as 21h, pelo menos 10 presos morreram durante a rebelião iniciada na tarde deste sábado (14) na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal.
Segundo nota emitida pelo Governo do Estado, a rebelião teve início por volta das 17h, partiu de uma briga entre presos dos pavilhões 4 e 5 e está restrita aos dois pavilhões. Ainda não há confirmação de fuga. Alcaçuz é o maior presídio do estado. Segundo a presidente do Sindicato dos Agentes Penietnciários, Vilma Batista, homens em um carro se aproximaram do presídio antes da rebelião e jogaram armas por sobre o muro.
Zemilton Silva disse ainda não saber se os presos dos outros pavilhões também se rebelaram. O chamado pavilhão 5 é o presídio Rogério Coutinho Madruga, que fica anexo à Alcaçuz, em Nísia Floresta. Há separação entre presos de facções criminosas entre esses dois presídios. A penitenciária de Alcaçuz tem cerca de 1150 presos e capacidade para 620 detentos, segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc).
Policiais militares e agentes penitenciários vão esperar o dia amanhecer para entrar nos pavilhões de Alcaçuz. A área externa do presídio já está sob o controle das autoridades, segundo a Polícia Militar. As saídas foram bloqueadas e o Corpo de Bombeiros está fazendo barricadas no local.
Força Nacional O governador do Estado, Robinson Faria, solicitou apoio da Força Nacional neste sábado (14). O fato ocorre uma semana após o início de uma rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, que resultou em 10 mortes até agora confirmadas. O governador Robinson Faria entrou em contato com ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para que o Governo Federal acompanhe a situação do Estado.
A repórter Michelle Rincon, da Inter TV Cabugi, está na área externa de Alcaçuz. Ela informa que há fumaça na parte interna, barulhos de tiros e de quebra-quebra no local.
Em contato com o G1, o secretário da Sejuc, Wallber Virgolino, disse que a determinação é retomar o controle. “A ordem já foi dada: retomar o controle de Alcaçuz e evitar rebeliões em outras unidades”, afirmou. Para isso, Virgolino acrescentou que também mandou chamar todos os agentes penitenciários que estão de folga. “Quero a nossa capacidade máxima atuando”, destacou. O estado possui cerca de 800 agentes penitenciários.
G1 - VÍDEO
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