Ministro da Justiça autoriza apoio federal ao Amazonas, a
Rondônia e Mato Grosso
Brasília - O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de
Moraes, apresenta detalhes do Plano Nacional de Segurança ( Marcelo
Camargo/Agência Brasil)Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Ministério da Justiça e Cidadania informou hoje (8) que o
ministro Alexandre de Moraes autorizou ajuda federal para a área de segurança
aos estados do Amazonas, de Rondônia e Mato Grosso. As autorizações atendem a
pedidos feitos pelos governos dos estados relacionados ao sistema prisional.
Ao Amazonas, que desde a semana passada enfrenta problemas
no sistema penitenciário, foi autorizada a ajuda da Força Integrada de Atuação
no Sistema Penitenciário, que atua no ordenamento de unidades prisionais,
informou o ministério em nota divulgada neste domingo.
Uma rebelião envolvendo presos de facções rivais, iniciada
no último dia 1º, resultou na morte de pelo menos 56 detentos no Complexo
Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. Hoje (8), mais quatro presos
foram mortos pelos próprios internos em tumultuo na Cadeia Pública
Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, também em Manaus.
O governo de Rondônia pediu mais investimentos para equipar
e manter presídios. Na nota, o ministério informou que embora o governo do
estado não tenha oficializado a solicitação, o ministro Alexandre de Moraes já
autorizou o pedido.
Na tarde de ontem (7), o ministro da Justiça conversou com o
governador do Mato Grosso, Pedro Taques, e autorizou o envio de equipamentos de
segurança para instalação em presídos.
Em relação a Roraima, onde 33 presos morreram na sexta-feira
(6), o ministério disse que ainda não houve contato do governo do estado e que
o ministro aguarda a solicitação. O governo de Roraima informou que vai refazer
o pedido de envio da Força Nacional. Na madrugada de sexta-feira, 33 detentos
morreram em um tumultuo na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa
Vista.
Na sexta-feira (6), o ministro da Justiça apresentou o Plano
Nacional de Segurança Pública, que tem como um dos objetivos principais a
racionalização e modernização do sistema penitenciário. O plano pretende também
reduzir homicídios, feminicídios e a violência contra a mulher e promover o
combate integrado à criminalidade transnacional – ligada a grandes quadrilhas
que atuam no tráfico de drogas e de armamento pesado.
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