Pesquisar este blog

quarta-feira, março 23, 2011

Materia da pagina da CONTAG

TRABALHADORAS RURAIS RETOMAM DIÁLOGO COM SECRETARIA DE POLÍTICA PARA MULHERES
22/03/2011


Após o primeiro encontro das trabalhadoras rurais com a presidenta Dilma Rousseff, a Secretaria de Mulheres da Contag continua com o processo de articulação e aproximação com os órgãos do Governo Federal. Tanto que nesta segunda-feira (21), secretaria e assessoria se reuniram com a ministra da Secretaria Especial de Política para Mulheres (SPM), Iriny Lopes, para tratar primordialmente de questões sobre a Marcha das Margaridas, que acontece em agosto de 2011.
“A intenção desse primeiro diálogo é fortalecer o espaço de articulação de políticas públicas para as mulheres, que foi conquistado por nós mesmas”, iniciou a secretária da Contag, Carmen Foro. Segundo ela, a negociação com a SPM também fortalece o espaço democrático. “A nossa pauta política está voltada para a agenda da marcha”, disse após relembrar como acontecem os processos de articulação, negociação e mobilização.
A Contag apresentou a plataforma política da Marcha que envolve sete eixos: biodiversidade e democratização dos recursos naturais – bens comuns; terra, água e  agroecologia; soberania e segurança alimentar e nutricional; autonomia econômica, trabalho, emprego e renda; saúde pública e direitos reprodutivos; educação não sexista, sexualidade e violência; democracia, poder e participação política.
A ministra Iriny Lopes, ouviu atentamente todas as colocações de Carmen Foro, e mostrou-se disposta a colaborar no que for de competência do governo. Também participaram da reunião compondo a assessoria da SPM, a diretora de programas , Luciana Mandelli, e secretária de enfretamento à violência, Aparecida Gonçalves e a assessora especial da ministra, Tatau Godinho.
“O governo de uma mulher presidenta gera expectativas, e nós vamos trabalhar para que essas expectativas se transformem em ações concretas”, disse  Iriny Lopes, que de logo de início anunciou que a Marcha já está na agenda da SPM. A ministra também afirmou que vai dar uma maior dimensão aos programas já existentes, como o de enfrentamento à violência.
Tal fato vem de encontro a uma preocupação já levantada pela Secretaria de Mulheres da Contag, em outras reuniões com a SPM: a dificuldade que as políticas públicas têm de chegar até o meio rural. A ministra se comprometeu a manter um olhar atento para essa questão.
A secretária de Jovens da Contag, Elenice Anastácio, também participou da reunião e relatou à ministra o alto índice de mulheres jovens rurais que estão deixando o campo por falta de condições para permanecer. “Elas buscam estudo que não têm no campo, por não terem autonomia de produção e renda. Muitas também fogem da violência praticada pelos próprios pais”, ralatou a dirigente, que ao finalizar a sua fala reividincou o debate sobre a sucessão rural com um recorte especial para as jovens mulheres rurais.

Finalizando a conversa, Carmen Foro relembrou que embora a Marcha das Margaridas seja organizada pela Contag, ao longo das edições aglomerou uma série de entidades parceiras que hoje são fundamentais para o sucesso da mobilização. A secretária citou todas elas. “A vinda das milhares de mulheres aqui em agosto não é o final da mobilização, é apenas uma parte do processo. Estamos constantemente em marcha para que todas as políticas do governo deem conta de olhar a questão de gênero no Brasil”, considerou.
Além do diálogo sobre a Marcha, a sindicalista levantou algumas pautas que requerem atenção desde já, como a criação seis mil de creches, anunciado no discurso de posse da presidenta Dilma Rousseff. Carmen Foro também cobrou que as Diretrizes e Ações de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta, instituída por meio da Portaria Nº 85/2010, saia do papel.
Ficou encaminhado que a secretaria de Mulheres da Contag vai continuar trabalhando na pauta de reivindicações e a SPM também vai tocar em frente as ações que estão na agenda do ministério, além de amadurecer a proposta de criação de um grupo interministerial para tratar dos assuntos das mulheres. A próxima reunião entre as partes foi marcada para o final de maio, logo após a realização do Grito da Terra Brasil.
Fonte: Agência Contag de Notícias – Suzana Campos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Opine com responsabilidade sem usar o anonimato usando a Liberdade de Expressão assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.

Liberdade de expressão é o direito de todo e qualquer indivíduo de manifestar seu pensamento, opinião, atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sem censura, como assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.

BR-304/RN terá pontos parciais de interdição a partir de hoje

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) fará para interdições parciais no tráfego da BR-304/RN, em Mossoró, a parti...