Faltará água em 55% das cidades do País em 2015
Levantamento mostra que são necessários, pelo menos, R$ 22,2 bilhões de investimento para evitar colapso total
Brasília. Mais da metade dos municípios brasileiros (55% do total) terá déficit de abastecimento de água em 2015. Um levantamento feito pela Agencia Nacional de Águas (ANA) mostra que são necessários investimentos de R$ 22,2 bilhões para evitar o risco de um colapso total até 2025.
O Nordeste é a região que mais demandará investimentos em captação de água, já que tem as menores reservas: R$ 9,1 bilhões. Atualmente, cerca de 16% das cidades do país possuem algum problema no fornecimento de recursos hídricos.
Para tratar também os esgotos que são jogados novamente nos rios, o que inviabiliza que as águas sejam reutilizadas para o consumo, serão necessários cerca de R$ 70 bilhões.
Os dados fazem parte do Atlas de Abastecimento Urbano de Água, um mapeamento completo de todos os 5.565 municípios brasileiros, capitaneado pela agência das águas em parceria com instituições federais, estaduais e municipais.
Distribuição
O estudo mostra que o Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos do planeta, mas o grande desafio do ponto de vista do abastecimento de água consiste no fato da população estar concentrada justamente nas regiões em que a oferta de água é mais desfavorável.
A região amazônica concentra 81% da disponibilidade hídrica do país, mas as regiões com maior densidade populacional, como o Sudeste e o Nordeste, são abastecidas diretamente pela Bacia do Atlântico, que possui apenas 3% das reservas hídricas nacionais.
"Caso não sejam feitos os investimentos, haverá risco de interrupção temporária no abastecimento cada vez mais frequentes. Manobras como rodízio no fornecimento para os consumidores poderão ser cada vez mais utilizadas. Mas não há risco para pânico", afirma Ney Maranhão, superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA.
O Sudeste, que concentra a maior parte da população brasileira, precisa de maiores investimentos no tratamento de afluentes. Os Estados de São
O Nordeste é a região que mais demandará investimentos em captação de água, já que tem as menores reservas: R$ 9,1 bilhões. Atualmente, cerca de 16% das cidades do país possuem algum problema no fornecimento de recursos hídricos.
Para tratar também os esgotos que são jogados novamente nos rios, o que inviabiliza que as águas sejam reutilizadas para o consumo, serão necessários cerca de R$ 70 bilhões.
Os dados fazem parte do Atlas de Abastecimento Urbano de Água, um mapeamento completo de todos os 5.565 municípios brasileiros, capitaneado pela agência das águas em parceria com instituições federais, estaduais e municipais.
Distribuição
O estudo mostra que o Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos do planeta, mas o grande desafio do ponto de vista do abastecimento de água consiste no fato da população estar concentrada justamente nas regiões em que a oferta de água é mais desfavorável.
A região amazônica concentra 81% da disponibilidade hídrica do país, mas as regiões com maior densidade populacional, como o Sudeste e o Nordeste, são abastecidas diretamente pela Bacia do Atlântico, que possui apenas 3% das reservas hídricas nacionais.
"Caso não sejam feitos os investimentos, haverá risco de interrupção temporária no abastecimento cada vez mais frequentes. Manobras como rodízio no fornecimento para os consumidores poderão ser cada vez mais utilizadas. Mas não há risco para pânico", afirma Ney Maranhão, superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA.
O Sudeste, que concentra a maior parte da população brasileira, precisa de maiores investimentos no tratamento de afluentes. Os Estados de São
Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais necessitam de investimentos de R$ 7,4 bilhões em captação de novas fontes de abastecimento. "O grande desafio dos centros urbanos é buscar novos mananciais que estão cada vez mais distantes. É o caso de cidades como São Paulo, Curitiba, Goiânia, Distrito Federal e Fortaleza, por exemplo", afirma Ney Maranhão.
A abundância de água no País - o Brasil detém, hoje, 12% da água doce do planeta - acaba por mascarar uma situação grave. O estudo da ANA confirma as disparidades brasileiras e mostra que, embora o país tenha água, é preciso levá-la a todos. Segundo dados do IBGE, o abastecimento de água não chega a 21,5% das casas brasileiras ou 12,4 milhões de residências. "O País tem água, os mananciais estão identificados. Só 16% não dão conta do recado. É preciso explorar as potencialidades do País", afirma a ANA.
Capacidade
A capacidade total dos sistemas produtores instalados e em operação no país é de cerca de 587 m3/s. O valor está bem próximo das demandas máximas atuais (em torno de 543 m3/s), o que significa que grande parte das unidades já está no limite da capacidade operacional. Para 2025, a demanda está prevista em 630 m3/s.
O Atlas Brasil indica que o Sudeste detém 51% da capacidade instalada de produção de água do País. Em seguida, vêm Nordeste (21%), Sul (15%), Norte (7%) e Centro-Oeste (6%). A maior parcela dos investimentos (R$ 16,5 bilhões ou 74% do montante) deve ir para 2.076 municípios do Sudeste e Nordeste, devido aos aglomerados urbanos e ao semiárido.
A abundância de água no País - o Brasil detém, hoje, 12% da água doce do planeta - acaba por mascarar uma situação grave. O estudo da ANA confirma as disparidades brasileiras e mostra que, embora o país tenha água, é preciso levá-la a todos. Segundo dados do IBGE, o abastecimento de água não chega a 21,5% das casas brasileiras ou 12,4 milhões de residências. "O País tem água, os mananciais estão identificados. Só 16% não dão conta do recado. É preciso explorar as potencialidades do País", afirma a ANA.
Capacidade
A capacidade total dos sistemas produtores instalados e em operação no país é de cerca de 587 m3/s. O valor está bem próximo das demandas máximas atuais (em torno de 543 m3/s), o que significa que grande parte das unidades já está no limite da capacidade operacional. Para 2025, a demanda está prevista em 630 m3/s.
O Atlas Brasil indica que o Sudeste detém 51% da capacidade instalada de produção de água do País. Em seguida, vêm Nordeste (21%), Sul (15%), Norte (7%) e Centro-Oeste (6%). A maior parcela dos investimentos (R$ 16,5 bilhões ou 74% do montante) deve ir para 2.076 municípios do Sudeste e Nordeste, devido aos aglomerados urbanos e ao semiárido.
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