MSTTR DEFENDE FEDERALIZAÇÃO DE CRIMES DE ORDEM DE VIOLÊNCIA NO CAMPO
A discussão foi feita durante a Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar no Mercosul (Reaf), sobre o assassinato de mais um dirigente sindical no Pará
Mais um dirigente sindical foi morto nessa quinta-feira, (25), no Pará vítima da violência no campo. Valdemar Barbosa de Oliveira, mais conhecido como Piauí, tinha 54 anos e foi assassinado a tiros perto do assentamento onde morava. Já havia um inquérito aberto na polícia local informando sobre as ameaças de morte que “Piauí” vinha sofrendo. A Contag repudia esse tipo de ação violenta contra lideranças sindicais.
Piauí andava de bicicleta quando foi atingido por tiros de dois pistoleiros que estavam de moto e estavam de capacete. A polícia civil já está investigando o caso. Informações da Comissão Pastoral da Terra (CPT) revelam que Valdemar Basbosa sempre lutou pelas questões agrárias. Ele coordenou vários grupos de famílias na luta pela terra e ocupou várias fazendas no Pará, sem sucesso em nenhuma delas.
A vice-presidente e secretária de Relações Internacionais da Contag, Alessandra Lunas, disse que durante a última reunião da Reaf, a discussão sobre violência no campo apontou unanimidade em propor a federalização dos crimes a cerca da violência sofrida por lideranças ligadas à luta pela terra. Lunas, também endossa a decisão da Reaf, “As lideranças do campo estão na mira dos pistoleiros, é preciso federalizar esses crimes, se não ficam na impunidade como tantos outros ficaram”, complementa Lunas.
Desde o assassinato de José Cláudio e Maria do Espírito Santo, que tomou grande repercussão na mídia, Piauí foi a quarta vítima, em um espaço de três meses. O assassinato do casal extrativista ainda não teve uma investigação definitiva e os assassinos não foram identificados, parentes próximos ainda lutam com a justiça sobre o caso.
Fonte: Agência Contag de Notícias - Suzana Campos
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opine com responsabilidade sem usar o anonimato usando a Liberdade de Expressão assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.
Liberdade de expressão é o direito de todo e qualquer indivíduo de manifestar seu pensamento, opinião, atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sem censura, como assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.