“Orçamento da Saúde foi o que mais cresceu, este ano, no governo federal. Foram R$ 10 bilhões a mais” por Secom em 25/08/2011 20:34hs.
Em entrevista ao programa Bom Dia Ministro desta quinta-feira (25), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a prioridade dada às políticas de prevenção e de incentivo a hábitos saudáveis para reduzir a incidência das principais causas de morte no País. Leia abaixo trechos da entrevista, editada pelo Em Questão.
Orçamento
O orçamento da Saúde foi o que mais cresceu, este ano, no governo federal. Foram R$ 10 bilhões a mais, e é o único dos ministérios que não foi contingenciado. O governo federal, desde 2003, começou a cumprir o que está estabelecido na Emenda Constitucional 29, que é todo ano o orçamento da saúde ser reajustado pelo PIB e mais a inflação. Alguns estados descumprem a Emenda Constitucional 29 e a maior parte dos municípios acaba colocando mais recursos do que é obrigatório pela emenda, exatamente pelo fato de alguns estados não a cumprirem.
Prevenção
Hoje, no Brasil, 73% das mortes são decorrentes das doenças crônicas não transmissíveis. O enfrentamento é, sobretudo, a prevenção e a promoção. Por isso que depende muito mais das pessoas, das famílias e da nossa capacidade de envolver a sociedade para enfrentar esses fatores de risco do que só apostar no tratamento e diagnóstico.
Academia da Saúde
A Academia da Saúde estimula a atividade física. O ministério passa recursos para as prefeituras, para construírem esses equipamentos próximos às Unidades Básicas de Saúde, e recursos para contratar profissionais de estímulo. Nos lugares em que esse programa já funciona, aumentou o controle de hipertensão e diabetes. Teve gente que até parou com o medicamento.
Obesidade
Metade da população brasileira, hoje, está acima do peso e 15% já é obeso, um crescimento muito importante da obesidade nas nossas crianças. Na faixa escolar, em algumas escolas, até 30% das crianças e cerca de 16% dos nossos adolescentes já são obesos. O nosso foco em relação à criança e adolescentes nesse grande plano de doenças crônicas não transmissíveis é, sobretudo, o combate à obesidade infantil. Por isso que é fundamental a educação alimentar na escola.
Menos sal
Em abril, o governo fez um grande acordo com a indústria de alimentos para a redução do sódio nos produtos. Em alguns, de até 30% da presença de sódio, e de 10% naqueles produtos que tinham uma menor concentração de sódio. E, agora, no segundo semestre, já começamos a negociação sobre redução dos níveis de gordura.
Saúde Não Tem Preço
O Saúde Não Tem Preço é o maior programa do mundo de distribuição gratuita de medicamentos para a hipertensão e diabetes. De janeiro até agosto, tivemos aumento de 219% no acesso de pessoas que têm hipertensão, e 156% de diabéticos. Mais de quase cinco milhões de pacientes são atendidos. Dos cerca de 1,2 milhão de brasileiros que iam na Farmácia Popular, 900 eram para pegar remédios para hipertensão e diabetes. Então, resolvemos atacar esse problema. Um comitê técnico avalia que outras doenças podem entrar nesse programa. Estamos analisando osteoporose, problemas de hiperplasia benigna da próstata, problemas de tireóide.
Fumo
O Brasil é líder no combate ao tabagismo. As fotos nas nossas embalagens de cigarros foi uma novidade brasileira reproduzida em outros países. Isso fez com que a gente tivesse diminuído, e pela metade, a incidência de pessoas que fumam. No começo dos anos 1990, cerca de 35% da população fumava. Hoje, são cerca de 15%. O aumento dos impostos e uma política de preço mínimo do cigarro vão reduzir ainda mais o consumo. Hoje, o Brasil é um dos poucos países que têm mais ex-fumantes do que fumantes. Isso é uma demonstração do nosso enfrentamento. Na Semana Nacional de Combate ao Tabaco, a nossa campanha mira muito na população jovem, para que a gente possa evitar, desde o começo, o tabagismo.
Trânsito
Precisamos enfrentar uma verdadeira epidemia que é de acidentes de trânsito; 40%, 45%, 50% dos leitos de UTI, em várias realidades, estão ocupados, hoje, por pessoas vítimas de trauma. Por isso que a prevenção, a promoção, é que podem, inclusive, gerar impacto imediato. O estado do Rio de Janeiro, por exemplo, conseguiu reduzir de 35 mil acidentes por ano para oito mil, com campanhas de fiscalização da Lei Seca.
O programa é transmitido ao vivo pela TV NBR e pode ser acompanhado na página da Secretaria de Imprensa da Presidência da República (www.imprensa.planalto.gov.br).
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