Em entrevista ao programa Bom Dia Ministro desta quinta-feira (15), o ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio, destacou a Semana do Peixe, que começou no último dia 11 e vai até 24 de setembro, o registro geral do aquicultor e o desenvolvimento da produção e consumo de pescado no País. Leia abaixo trechos da entrevista, editada pelo Em Questão.
Produção
O Brasil detém 12% da água doce do mundo, temos 216 reservatórios e açudes, que precisamos aproveitar para produzir proteína de qualidade, produzir pescado. Vamos dobrar a produção de peixes no Brasil a partir do aproveitamento da potencialidade que temos de nossos lagos e rios.
Aquicultura
O Brasil produz 1,2 milhão de toneladas de pescado por ano. Dessas, 416 mil toneladas (33%) vêm da aquicultura. Na medida em que o consumo aumentar, teremos uma indústria que vai processar mais e, processando mais, terá um custo menor, que vai refletir em preço menor ao consumidor.
Semana do Peixe
Na Semana do Peixe trabalhamos em conjunto com a Associação Brasileira de Supermercados e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. Toda a cadeia associada a essas organizações está divulgando a peça publicitária do Ministério da Pesca.
Alimento saudável
Esta oitava edição da Semana do Peixe é construída em conjunto com o Ministério da Saúde. O consumo brasileiro, de nove quilos per capita, é inferior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que são de 12 quilos per capita. Temos essa meta a atingir.
Crianças e jovens
O consumo brasileiro é menor ainda na população jovem e infantil. Já temos uma cultura restritiva, que é: “cuidado com a espinha, cuidado para não se engasgar”. Mas, a industrialização permite levar um peixe à mesa, para a criança, sem espinha. Temos o hambúrguer de peixe, o bolinho de peixe, o filé de peixe, com 100% de garantia de que não teremos espinha.
Registro do Aquicultor
Os interessados em legalizar a atividade podem acessar o ministério no sítio www.mpa.gov.br, para ter todas essas informações, mas eu recomendo que busquem a superintendência do Ministério da Pesca e Aquicultura. Isso é muito importante, principalmente para negociar o produto. Nosso trabalho conjunto – inclusive, com os órgãos fiscalizadores, como o Ibama – é no sentido de ter uma ação mais educativa do que repressiva. Mas, mesmo aquele que participa da pesca amadora precisa ter a carteira, que é muito fácil de obter pela internet.
Embrapa Pesca
Temos um enorme orgulho do que representa a Embrapa para a agricultura. No que se refere à aquicultura, estamos ainda um pouco atrasados em pesquisa científica. A Embrapa Pesca iniciou as atividades. As espécies que estão sendo estudadas, como o tambaqui e o pintado, são geneticamente muito bem preparadas. Vamos poder fornecer os alevinos para aqueles que, hoje, têm fazendas que criam boi, poderem, também, no lago, criar o peixe e para ser um fornecedor duplo de proteína animal.
Litoral brasileiro
O nosso litoral tem uma variedade muito grande de espécies, mas temos cardumes muito reduzidos. Os países que são grandes produtores têm a água mais fria. O Chile tem uma menor variedade, mas tem cardumes maiores. Quando a água tem uma temperatura uniforme, os micro-organismos se produzem e tem uma maior alimentação para os grandes cardumes. Mas isso não nos tira a atividade do pescado.
Alto-mar
Longe da costa estão os peixes mais nobres, como o atum e a fauna acompanhante dos atuns, que tem grande valor no mercado internacional e interno. Para isto, o governo criou o chamado Profrota, que financia a construção de embarcações para a pesca em alto-mar.
Institucional
Tínhamos a Superintendência da Pesca, que formulava a política do setor. A Sudepe foi extinta e tivemos um vazio de mais de 20 anos. Então, o trabalho do ministério, em conjunto com os pescadores, com os empresários da pesca artesanal à industrial, é fazer com que possamos recuperar esse tempo perdido.
O programa é transmitido ao vivo pela TV NBR e pode ser acompanhado na página da Secretaria de Imprensa da Presidência da República (www.imprensa.planalto.gov.br).
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