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quinta-feira, setembro 15, 2011

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Norte, Nordeste e Centro-Oeste registram maioria dos casos de cefaleia crônica no país, segundo pesquisa
Os diagnósticos de cefaleia crônica tiveram prevalência de 11,8% no Centro-Oeste, de 10,2% no Norte e de 7,7% no Nordeste
Postado em 14/09/2011 às 18:12 horas por Mário Gerson na sessão Saúde
As populações do Norte, Nordeste e Centro-Oeste são mais suscetíveis à cefaleia crônica do que as do Sul e Sudeste. Já os moradores dessas duas regiões são mais propensos a enxaquecas. A constatação foi feita pelo neurologista Luiz Paulo de Queiroz, da Universidade Federal de Santa Catarina e integrante da Sociedade Brasileira de Cefaleia, por meio de pesquisa na qual entrevistou 3.848 pessoas de todas as regiões do país. O estudo será apresentado por Queiroz durante a 25ª edição do Congresso Brasileiro de Cefaleia, que vai reunir, entre amanhã (15) e sábado (17), em São Paulo, neurologistas e especialistas em dor.
 No universo pesquisado, Queiroz constatou uma prevalência de 20,5% de casos de enxaqueca na população do Sudeste e 16,4% do Sul. Nas duas regiões, a média é 6,2% de cefaleia crônica. No Centro-Oeste, os registros de pacientes com enxaqueca chegam a 9,5%, no Norte, a 8,5% e no Nordeste, a 13,6%. Os diagnósticos de cefaleia crônica tiveram prevalência de 11,8% no Centro-Oeste, de 10,2% no Norte e de 7,7% no Nordeste.
 Para Queiroz, essas diferenças podem estar associadas ao fato de que nas regiões Sul e Sudeste é maior a presença de descendentes de europeus, mais suscetíveis à enxaqueca. Isso também pode ser reflexo de um estilo de vida mais competitivo e sujeito a situações estressantes.
 Segundo ele, a enxaqueca é caraterizada por dor latente de um lado só da face, acompanhada de intolerância à luz. Ela é mais comum entre os europeus e habitantes dos Estados Unidos. Já a cefaleia crônica produz uma sensação de dor em toda a cabeça e incapacita a pessoa para o trabalho e outras atividades por dias seguidos.
 Na avaliação do especialista, a concentração de casos de cefaleia no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, onde a proporção de pessoas com ascendência africana é maior, pode ser decorrente das precárias condições de atendimento nos serviços públicos de saúde, o que leva à automedicação com analgésicos.
 Em caso de dor que se manifesta com frequência, recomenda o especialista, a pessoa deve procurar um médico. “Elas devem fazer um diagnóstico para saber se têm enxaqueca, cefaleia intencional ou uma dor de cabeça mais severa causada por um tumor, aneurisma ou infecção.”
 Marli Moreira - Agência Brasil

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