Aldo Rebelo assume Esporte
O deputado disse que não pretende mais realizar convênios de nenhum programa do Ministério com ONGsBrasília. O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) é o novo ministro do Esporte. Ele ocupará o lugar de Orlando Silva, que pediu demissão na quarta-feira, forçado por denúncias contra ele. A posse foi marcada para segunda-feira, segundo informou a ministra Helena Chagas (Comunicação Social).
Aldo esteve ontem no Palácio do Alvorada em reunião com a presidente Dilma Rousseff. "Eu agradeci a confiança, disse que aceitava como um desafio e procuraria me desincumbir da tarefa da melhor forma possível", disse após o encontro.
Após confirmado como novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo afirmou que vai fazer mudanças na Pasta e que não pretende mais realizar convênios de nenhum programa do Ministério com ONGs. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff o delegou a responsabilidade de montar a nova equipe. O novo ministro disse, no entanto, que ainda não pensou em nomes.
"Certamente haverá mudanças e certamente as competências que lá estão poderão mudar simplesmente por escolha pessoal, escolha técnica. Mas isso não significa a condenação de ninguém", afirmou.
Rebelo explicou que as ações do Ministério devem continuar por meio de convênios com as prefeituras. "Não vamos acabar com o Segundo Tempo. A intenção é acabar com os convênios com as ONGs, em qualquer programa", disse.
Aldo não confirmou, porém, a suspensão dos convênios em andamento. E disse que as investigações na Pasta devem continuar. Ele já presidiu uma CPI do Futebol, entre 2000 e 2001, mas negou que isso possa influenciar o seu trabalho. Também negou que as doações de campanha que recebeu de empresas patrocinadoras da CBF possa o atrapalhar. Para o ministro, a relação da Fifa "será de cooperação e independência".
Trajetória
Deputado desde 1991, Aldo Rebelo, cumpre o seu sexto mandato. Está será a segunda vez que ocupará um ministério. De janeiro de 2004 a julho de 2005, ele foi ministro de Relações Institucionais do primeiro governo Lula. Aldo foi eleito presidente da Câmara em setembro de 2005 depois do escândalo que derrubou Severino Cavalcanti.
Em 2007, ele tentou se reeleger, mas perdeu a disputa para o petista Arlindo Chinaglia. Uma de suas propostas mais polêmicas foi a tentativa de reduzir os estrangeirismos no País.
Nos últimos dois anos, destacou-se por ter sido relator do Código Florestal, quando foi criticado pelos ambientalistas.
Ele também ficou conhecido pelo projeto que criava o Dia Nacional do Saci Pererê - para substituir o Halloween - e a proposta conhecida por Pró-Mandioca - que tornaria obrigatória a adição de 10% da raspa da mandioca na farinha de trigo usada no pão francês.
Neste ano, disputou uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), mas perdeu para a deputada Ana Arraes (PSB-PE). Antes de ser deputado, ele foi vereador de São Paulo entre 1989 e 1991. Aldo se filiou ao PCdoB em 1985, quando deixou, após cinco anos, o PMDB.
De 1980 a 1981, ele foi presidente da União Nacional dos Estudantes(UNE). Em 2008, foi candidato a vice-prefeito na chapa derrotada de Marta Suplicy na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
O ministro chegou a estudar por quatro anos a Faculdade de Direito da Universidade Federal de Alagoas, sem completar o curso. Nascido em Alagoas em 1956, Rebelo se apresenta como jornalista, escritor e deputado eleito por São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opine com responsabilidade sem usar o anonimato usando a Liberdade de Expressão assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.
Liberdade de expressão é o direito de todo e qualquer indivíduo de manifestar seu pensamento, opinião, atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sem censura, como assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.