Agricultura familiar X soberania, segurança e sustentabilidade
Agricultura Familiar e o Debate Internacional de Soberania e Segurança Alimentar, Sustentabilidade Ambiental e Econômica foi o tema da oficina que a Contag promoveu na tarde desta quarta-feira, dia 25, na programação do Fórum Social Temático. A coordenação foi de Rosicléia dos Santos, secretária de Meio Ambiente da Contag; palestrantes: Alessandra Lunas, vice-presidenta da Contag e secretária-geral da Coprofam e Irio Conte, presidente da Fian Internacional e Consea.
A Rio+20, na opinião de Rosicléia, é o acontecimento mais esperado do ano e dentro deste contexto para agricultura familiar é fundamental começar a tratar todos esses assuntos. Ao mesmo tempo, ela revela que o movimento sindical ainda não conseguiu avançar naquilo que vai impactar na agricultura familiar a partir da Rio+20. Além disso, continua, como se pode, na condição de sociedade civil e Contag, estar promovendo não apenas antes, mas durante e depois da conferência, tudo o que diz respeito à agricultura familiar, mudanças climáticas, economia verde, sustentabilidade e a soberania alimentar.
O presidente da Federação da Agricultura e Produção de Gana, King-David Amoah participou da oficina e contou que as dificuldades em seu país são bem maiores do que no Brasil. O motivo principal é a total dependência do FMI e consequentemente a pressão que recebem. “O nosso povo não quer comer aquilo que os grandes nos impõem, mas sim o que gostamos. Não somos respeitados pela nossa vontade própria”, adverte.
Já o presidente da FIAN Internacional (Organização pelo Direito da Alimentação), Irio Luiz Conti, considerou a oficina promovida pela Contag como extremamente importante. “De todas as formas e em todos os espaços nós temos que aproveitar o máximo para discutir na ótica da sociedade civil e das organizações sociais, em especial do campo, da agricultora familiar, para produzirmos cada vez subsídios que ajudem a se ter uma clareza maior das grandes questões que estão marcando a relação entre segurança alimentar e meio ambiente. Com isso, teremos mais subsídios para influenciar na Rio+20. A agricultura familiar tem um papel estratégico e não pode se eximir da responsabilidade”, completa.
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