Internacional Saúde Paula Laboissière Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ao comentar os dados divulgados pela Junta Internacional de Fiscalização a Entorpecentes (Jife), o representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unodc) no Brasil, Bo Mathiasen, disse hoje (28) que o mundo enfrenta um ciclo vicioso de exclusão social associada a problemas provocados pelo consumo de drogas.
Durante coletiva de imprensa, ele destacou que as transformações políticas registradas em todo o planeta afetam diretamente a vida das pessoas e que aspectos como a desigualdade social e as mudanças de valores tradicionais influenciam no aumento do uso de drogas por comunidades consideradas vulneráveis.
A recomendação do Unodc, segundo Mathiasen, é que essas comunidades marginalizadas – sobretudo jovens pobres – sejam mais bem amparadas por meio de serviços de prevenção ao consumo de drogas, de tratamento e reabilitação e de promoção de modelos de condutas positivas. O representante da ONU defendeu ainda que sejam adotadas medidas de reabilitação, de policiamento comunitário e de acesso a oportunidades de emprego e lazer.
Ao tratar especificamente do cenário brasileiro, Mathiasen reforçou os elogios feitos pela Jife em relação a iniciativas para combater o tráfico de drogas no país, como as unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Ele citou ainda a retomada de áreas tradicionalmente ocupadas pelo crime organizado, como ocorreu no Morro do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro.
“O governo brasileiro teve bastante êxito em apreender alguns traficantes importantes que atuavam nessas regiões marginalizadas, sinalizando para a população que está querendo acabar com essas atividades e tornar essas comunidades mais seguras, incluindo-as no contexto de desenvolvimento econômico e social do país”, destacou. Edição: Juliana Andrade
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opine com responsabilidade sem usar o anonimato usando a Liberdade de Expressão assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.
Liberdade de expressão é o direito de todo e qualquer indivíduo de manifestar seu pensamento, opinião, atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sem censura, como assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.