Sair de casa no início da manhã e retornar próximo ao meio dia, essa é uma diária comum e aparentemente sem dificuldades para um jovem estudante. Seria, se João Marcos Arruda não fosse deficiente físico e precisasse percorrer o trajeto até sua escola no Alto da Esperança, bairro onde reside na cidade de Campo Grande/RN. João Marcos vive com sua família numa casa simples em uma rua que parece não acompanhar a evolução da sua cidade que nos últimos anos teve praticamente todas as ruas vizinhas pavimentadas.
Acessibilidade; parece um termo que representa um devaneio para a família Arruda, seu João relata com um aparente conformismo a vida dura de levar seu filho até a escola, ”É muito difícil a gente sair daqui com o menino, eu vou pro meu trabalho ai ela (a esposa) vai deixar ele, aí eu volto pra ajudar ela a subir esse alto [...]”, mas fala da esperança de ver sua rua calçada e assim o sofrimento de sua família aliviado “um alçamento aqui ficava mais fácil pra gente levar o menino pro colégio”.
A Rua Miguel Firmino de Brito fica ao lado de um importante prédio público da cidade, o Hospital Municipal *****, mas, parece não constar no mapa da cidade, ao contrário das ruas circunvizinha está à margem perante o poder público, por falta de pavimentação e em virtude de um solo completamente acidentado há acúmulo de água e o acesso é complicado até para pessoas com condições físicas normais, em meio ao que deveria ser a rua encontramos rochas que impossibilitam a passagem de carros e dificulta até a passagem de pedestres, segundo seu João "Às vezes temos que passar pelo beco do vizinho para poder-mos chegar em casa[...] A vizinha até ta prometendo fechar o beco por questão de segurança".
É nesse meio hospício que João Marcos e família vive, esquecido pelo poder, excluído pelo sistema e dando uma prova que só com amor e muita luta se consegue o que deveria ser para todos! Educação um direito básico garantido na constituição.
Fonte e fotos: CG Na Mídia
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