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sábado, março 31, 2012

Governos da América Latina e do Caribe reforçam compromissos para erradicar a pobreza e a fome no continente

31/03/2012 - 10h42     

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O combate à fome no mundo está associado à adoção de políticas públicas de estímulo à segurança alimentar e nutricional, ao incentivo à agricultura familiar, às condições de acesso aos alimentos e a mudanças nos padrões alimentares. Também são esperadas medidas de geração de emprego e renda sob a ótica do desenvolvimento sustentável.
“A principal causa da fome não é a falta de alimentos. É a pobreza. Políticas simples podem ser adotadas na busca da solução desse problema, como a proteção e o incentivo à agricultura familiar”, disse à Agência Brasil a secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Maya Takagi.
Nesta semana, especialistas da América Latina e do Caribe se reuniram, em Buenos Aires, na Argentina, para debater essas questões na 32ª Conferência Regional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). “Mostramos, durante a conferência, as ações adotadas no Brasil na tentativa de erradicar a pobreza e combater a fome, como os programas de transferência de renda”, disse Maya.
Durante a conferência, as autoridades do Brasil anunciaram que o país vai aumentar a cooperação com a FAO. Pelos dados da organização, o Brasil repassará US$ 20 milhões para o combate à fome no mundo. O dinheiro será aplicados em projetos de redução da pobreza, desenvolvimento rural sustentável com prioridade para a agricultura familiar, merenda escolar, prevenção e gestão de desastres.
Na presença do diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, os representantes de 33 países da região confirmaram o compromisso de priorizar ações voltadas à segurança alimentar e a adaptação da produção de alimentos às mudanças climáticas. Graziano elogiou a decisão, mas lembrou que as iniciativas devem ser adotadas "por todos os governos, os parlamentos, o setor privado, a sociedade civil e as universidades”.
Também participaram da conferência integrantes da sociedade civil e organizações não governamentais. As autoridades ressaltaram que o combate à fome e a adoção de medidas para erradicação da pobreza são desafios globais.
Edição: Vinicius Doria

 

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