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sábado, março 17, 2012

Secretário de Justiça e Cidadania afirma que falta planejamento à gestão de Rosalba Ciarlini
fabio_holanda
O secretário estadual de Justiça e Cidadania, Fábio Hollanda, deu uma entrevista à Tribuna do Norte em que faz críticas à gestão da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), que classificou como "sem planejamento". "Falta a gente gerir o Estado pensando nos próximos dez, vinte anos. A gente não pode gerir o Estado sem ter planejamento, sem ter projetos, especialmente. Estou conseguindo bem abaixo do padrão de excelência que eu quero dar à Secretaria", disparou.
Sem fazer segredo, o secretário disse que informou ao deputado federal João Maia (PR) a situação e sugeriu que o PR retorne à oposição. "Eu não posso colocar à disposição o que não é meu. O cargo é do Partido da República. O que eu disse ao deputado João Maia, presidente do meu partido no Estado - eu sou presidente em Natal - foi o seguinte: 'Sem ter condições de montar uma equipe técnica, desde o secretário-adjunto até a minha secretária, sem o mínimo de autonomia, é impossível manter-se essa parceria entre o PR e o Democratas no Estado do Rio Grande do Norte. E que se dependesse de mim o partido entregaria a Secretaria e manteria uma posição independente do ponto de vista administrativo do governo Rosalba Ciarlini", concluiu.
O auxiliar de Rosalba disse que ela própria está consciente do que está acontecendo na pasta. "Eu já coloquei isso pra ela, coloquei para o presidente deputado João Maia, em uma reunião com ela. Ela está ciente. Agora, eu posso estar errado, o presidente do meu partido pode estar errado e o sistema pode estar bem. É uma avaliação que a governadora tem que fazer", frisou.
O secretário revelou que em dois meses à frente da pasta nunca recebeu salário e que ele retira dinheiro do próprio bolso para ao menos ter um motorista. Em meio a isso ele sofreu ameaças e não teve sequer um pedido de escolta atendido pela Secretaria Estadual de Segurança e Defesa Social. "As ameaças são telefonemas. No meu telefone particular e no meu telefone da Secretaria eu recebo ligações em que as pessoas ficam em silêncio. Eu recebi andando na rua e o carro de trás dando sinal de luz e eu queria entrar e ir pra casa. Ontem eu estava em Brasília e recebi a ligação do meu filho que estava saindo do colégio onde ele faz aula particular à tarde e um carro começou a buzinar atrás do carro que ele estava. Eu soube, através de informações oficiais do Ministério da Justiça, que como o Comando Vermelho está aqui é necessário que se tenha cuidado e eu não tenho escolta, porque essa escolta precisa ser feita pela Polícia Militar, através de homens do Bope, e eu os pedi e eles não foram enviados, mas até a minha vida eu aceito botar em risco, desde que eu veja o sistema evoluir. A vida dos meus filhos não. Espero que não haja isso de novo", acrescentou.
Ele disse que as fugas da Penitenciária de Alcaçuz foram fruto de uma série de fatores: "Os presos fugiram por um enfrentamento, fugiram por falta de cuidado, fugiram por negligência e fugiram porque alguns agentes públicos fizeram de conta que estavam segurando os presos e resolveram abrir a porta pra eles saírem".
Por fim, ele falou da situação do agente penitenciário de São Paulo do Potengi que usa uma baladeira para se proteger. "Porque não havia uma outra arma. Porque nós não tínhamos a quantidade de agentes necessária para que tivéssemos uma ação social de ressocialização", concluiu.
À Tribuna do Norte, o deputado João Maia afirmou que não está surpreso com a entrevista de Fábio Hollanda. "O que ele disse na entrevista não é surpresa para mim, mas a surpresa é o fato de ele ter tornado público. Fábio (Fábio Hollanda) conversou muito comigo e externou a situação dizendo da precariedade do sistema, da situação das Centrais do Cidadão e dizendo que é preciso implementar outro modelo de gestão", destacou.

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