O bioma Caatinga está em áreas comprometidas pela degradação ambiental como a desertificação.
O bioma caatinga é exclusivamente brasileiro. Também terá que vir daqui toda e qualquer alternativa para combater o maior mal sofrido por esse bioma: a desertificação, que tem as mais variadas causas, encontrando no homem o seu principal causador. Ocupando a maior parte da região do semiárido, a caatinga tem habitantes em praticamente toda a sua extensão. A pecuária sem manejo adequado, a utilização de uma agricultura irrigada de forma insustentável tem acentuado a salinização do solo, uma das principais causas da desertificação. Então, desmatamento, queimadas, seca, improdutividade do solo são fatores que afetam diretamente a qualidade de vida no Nordeste, especialmente. Hoje se comemora o Dia Nacional da Caatinga, que já perdeu 60% do seu território. O homem vê na sua porta a delicada necessidade cultural, social e econômica: ou muda os hábitos, ou terá que mudar de lugar.
Porque quando o homem o utiliza meio de forma inadequada estará contribuindo para a própria falta dos recursos de que se disponibiliza e é essa a natureza do termo insustentável. A desertificação é o mal porque sofre esse bioma. Nada menos que 70% da área da caatinga está suscetível a esse processo. E a transformação em deserto se dá por várias formas de degradação: começa com o desmatamento. O solo descoberto fica mais fácil de sofrer erosão e, ainda, perder mais água e ficar salinizado. E porque isso acontece? Conforme Rodrigo de Castro, presidente da Associação Caatinga, a agricultura e a pecuária são as atividades que mais aproveitam o solo desmatado - está aí grande causa da derrubada de mata e das queimadas.
Ceará e Pernambuco são os Estados nordestinos mais castigados pela desertificação. A região de Irauçuba é uma das mais emblemáticas desse processo. As áreas agrícola, como os perímetros irrigados próximo aos açudes do Dnocs, também pontuam no mapa de suscetibilidade de desertificação, do Ministério do Meio Ambiente. De acordo com a Convenção Mundial de Luta contra a Desertificação, organismo internacional do qual participa o governo Brasileiro, cerca de 30% das áreas de irrigadas do semiárido nordestino (uma área um pouco maior do que o bioma caatinga, mas compreendendo esse) registram salinização do solo. É o caminho da degradação.
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