COMANDATUBA O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia
(PT-RS), disse neste domingo, 29, que acredita que os trabalhos da Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a rede de influência
comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, nas
esferas pública e privada do País, sejam concluídos até agosto.
'Quatro meses de CPI são suficientes, se o processo for bem
conduzido', avalia Maia. De acordo com ele, a pauta dos trabalhos deve ser
apresentada pelo relator Odair Cunha (PT-MG) na próxima quarta-feira.
Apesar da previsão otimista relativa ao término das
investigações, Maia se revela preocupado com o andamento da CPMI. 'Será
explosiva', acredita.
'Uma coisa são essas pessoas (os acusados) dando depoimento à
Polícia Federal, que é uma coisa fechada, outra é uma investigação a portas
abertas, como no Congresso. Vai haver contradições, perguntas de todos os lados
e detalhes que não estão nas investigações serão revelados.'
Segundo o parlamentar, a principal dificuldade relativa aos
trabalhos será o montante de dados a analisar e de suspeitos a ouvir. 'É tanto
nome que o jeito seria colocar em um pote e, aleatoriamente, sortear um',
brinca. 'Vamos conduzir os trabalhos em duas linhas, a dos negócios em si e a
dos contatos e de seus impactos nas esferas pública e privada.'
Maia, porém, faz uma ressalva: a falta de foco pode tirar a
eficiência da comissão. 'Atirar para tudo quanto é lado é um bom jeito para que
a CPI não dê em nada.'
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