Sociedade civil é um dos protagonistas da Conferência Regional da FAO | |||
No marco da Conferência Regional da FAO, aconteceu a III Conferência Especial para a Soberania Alimentar dos Movimentos Sociais e Organizações da Sociedade Civil. Buenos Aires, Argentina - 26 de março de 2012- Os movimentos sociais de América Latina e do Caribe são um dos protagonistas da Conferência Regional da FAO, que acontece esta semana em Buenos Aires, Argentina. A partir da Conferência Regional de 2012, os movimentos sociais tem uma participação ampla, com direito a voz nas discussões de alto nível no máximo órgão reitor da FAO à nível regional. Isto tem especial relevância já que, a partir de 2012, a Conferência não é só um órgão de caráter técnico e consultivo, senão que os temas e prioridades que os países da América Latina e do Caribe estabeleçam para o desenvolvimento da agricultura e da luta contra a fome na região, irão diretamente ao Conselho e a Conferência da FAO, cuja missão será articular nos programas da Organização e que se vejam refletidas nos resultados de atuação da FAO. A voz da sociedade civil Mais de 140 representantes de 75 organizações sociais de toda América Latina e do Caribe se reuniram na III Conferência Especial para a Soberania Alimentar dos Movimentos Sociais e Organizações da Sociedade Civil, para debater e elaborar sua visão sobre as principais políticas de segurança alimentar na região, e apresentar suas conclusões aos governos reunidos na Conferência Regional da FAO. “Nosso objetivo fundamental é avançar com uma ampla participação da sociedade civil e dos movimentos sociais da América Latina e do Caribe na construção da soberania alimentar”, apontou Mario Ahumada, coordenador do Comitê para a Soberania Alimentar da América Latina e do Caribe, CIP. A declaração final da reunião dos movimentos sociais é uno dos insumos chaves da Conferência Regional da FAO, e uma delegação de seus membros representará a voz da sociedade civil dentro da reunião plenária de Ministros da Agricultura, na quarta-feira, 29 de março. “Para a FAO é muito importante escutar a voz da sociedade civil nos mais altos níveis. Este é um compromisso assumido por nosso diretor-geral. Por ele recolhemos suas recomendações para serem apresentadas aos representantes de todos os governos da região”, assinalou o representante Regional da FAO para América Latina e o Caribe, Alan Bojanic. Lutando pela soberania alimentar Durante três dias de debate realizados na III Conferência Especial para a Soberania Alimentar, os movimentos sociais elaboraram uma agenda comum para visibilizar suas reivindicações e gerar propostas para fortalecer a soberania alimentar na região e posiciona-la como um fundamento para garantir os direitos dos povos. Os participantes da Conferência Especial avaliaram muito positivamente sua renovada importância na reunião da FAO: “É muito importante reconhecer estes espaços que nós conquistamos na FAO. Poder ter um espaço dentro da Conferência, poder debater de igual para igual com os governos é muito importante”, assinalou Alessandra da Costa Lunas, da Confederação de Organizações de Produtores Familiares do MERCOSUL Ampliado, COPROFAM. “Aqui há um esforço de muita gente a nivel da FAO que está confiando na sociedade civil, porque nós sim podemos fazer as coisas, podemos oferecer um espaço de participação e entregar respostas concretas aos desafios da agricultura e da segurança alimentar em nossos países”, apontou Mario Ahumada, do CIP. BALANÇO DE ENCERRAMENTO DA CONFERÊNCIA"Encerramos a Conferência com a Clausura do diretor-geral da FAO, onde ficou expresso, entre muitas coisas, a importância da participação da sociedade civil na Conferência Oficial da FAO, mencionou a importância de considerar na FAO os temas sobre os Povos Indígenas. Compartilho alguns parágrafos incluídos no informe final da Conferência da FAO, que foi aprovado com aplausos", divulga FAO. - A Conferência reconheceu que a primeira versão do MEG deve refletir o consenso regional e internacional sobre segurança alimentar e nutricional, apontando também os âmbitos em que será necessário um futuro trabalho para ampliar a convergência no marco do CSA. A Conferência reconheceu o aporte do mecanismo da sociedade civil ao proceso de elaboração do Marco Estratégico Global no marco do Comitê de Segurança Alimentar Mundial. - A Conferência tomou nota de que a sociedade civil organizada na Aliança Continental pela Soberania Alimentar (CIP) assume este importante papel no processo de diálogo conjunto com os governos membros da FAO. O CIP considera que os governos devem reconhecer o rol da sociedade civil, em especial dos movimentos sociais que representam aos produtores de alimentos de pequena escala, como camponeses, indígenas, pescadores e demais, na solução dos problemas da fome e da pobreza na região com base no fomento de políticas agroecológicas que incluam o conhecimento dos povos tradicionais e a promoção do direito a alimentação. - A conferência reconheceu o nuevo formato de participação da sociedade civil em suas atividades. Assim mesmo, reconheceu o interesse de convidar, de acordo com a Agenda, à universidades e centros públicos de investigação, asim como a representantes de saberes tradicionais. - A Conferência sugeriu que a FAO organize amplo e dinâmico que conte com a participação da sociedade civil e da academia para analizar o conceito de soberania alimentar, cujo significado não foi consensuado pelos Estados Membros da FAO e o sistema das Nações Unidas. - A Conferência concordou na necessidade de seguir debatendo de forma ampla e participativa, nos órgãos pertinentes, a identificação realizada pela secretaria dos principais desafios mundiais nas áreas de agricultura, pesca e bosques: a) intensificação sustentável da produção; b) erradicação da insegurança alimentar, as carencias de nutrientes e os alimentos nocivos; c) promoção do consumo balanceado de alimentos e redução das perdas e desperdícios; d) melhoramento dos meios de subsistência da população rural, incluindo mulheres, jóvens e povos originários; e) desenvolvimento de sistemas alimentares e agrícolas mais justos; f) incremento da resiliência em respeito as ameaças e crises e, g) reforço dos mecanismos de governança nos âmbitos nacional, regional e mundial. | |||
Fonte: Site da FAO |
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segunda-feira, abril 02, 2012
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