Aumenta a pressão da CONTAG por respostas
do governo | |
Na tarde de 28 de maio aconteceu a última de uma série
de audiências da CONTAG com os ministérios para negociação da pauta de
reivindicações do Grito da Terra Brasil 2012. A audiência foi no Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA), coordenada pelo presidente da CONTAG, Alberto
Broch, vice-presidente e secretária de Relações Internacionais, Alessandra
Lunas, diretor de Política Agrícola, Antoninho Rovaris, secretário de Política
Agrária, Willian Clementino, secretária de Meio Ambiente, Rosicléia dos Santos,
secretário de Políticas Sociais, José Wilson, secretária de Jovens Trabalhadores
e Trabalhadoras Rurais, Elenice Anastácio, secretário de Terceira Idade,
Natalino Cassaro, além de presidentes e dirigentes das Federações de
Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (FETAGs), assessores das regionais e
técnicos da CONTAG.
Entre as demandas apresentadas, os pontos centrais da
Política Agrária e Agrícola foram os mais debatidos. Em sua fala de abertura a
vice-presidente da CONTAG deu o tom da conversa: “Nossa pauta não é mais
novidade, não precisamos mais apresentar o grito. Foram várias reuniões e
diálogos com as áreas. Viemos agora discutir pontos que ainda são gargalos e que
não caminharam”.
Sobre reforma agrária foi discutido o orçamento e
estruturação para o INCRA e Secretaria de Reordenamento Agrário (SRA),
fundamentalmente o descontingenciamento e suplementação de recursos, além do
retorno imediato das ações de obtenção de terras para fins de reforma agrária e
a retomada do Programa Nacional de Reforma – PNRA, a criação de um Conselho de
Reforma Agrária, Juros Compensatórios nos processos de desapropriação, aprovação
e publicação da portaria que atualiza os índices de produtividade da terra,
revogação da lei que trata da desapropriação de áreas ocupadas, aprovação no
Senado Federal da PEC 438, que trata da expropriação de terras onde for
constatado trabalho escravo, estabelecimento do limite máximo de 35 módulos
fiscais para o tamanho da propriedade de terra, controle e restrição da compra e
investimentos em terras por parte de estrangeiros, crédito instalação, melhorias
no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF e
ajustes no Crédito Fundiário. Em sua fala, Willian Clementino foi enfático:
“Além de nossa pauta, temos outros pontos para serem tratados diretamente com o
ministro. Vocês sempre nos dizem como resposta que estão fazendo estudos, mas
vemos que esses estudos nunca se concluem. Queremos que o governo se posicione
mais claramente. O fato é que precisamos avançar. Não podemos esperar muito. São
quase 200 mil famílias acampadas há muitos anos. São vidas que precisam ser
respeitadas”.
Na Política Agrícola os pontos centrais versaram sobre
Assistência Técnica e Extensão Rural, a continuidade do Projeto Dom Helder
Camara, criação de um Grupo de Trabalho (GT) para tratar de estudos e pesquisas
voltados à Agricultura Familiar, Comercialização, Linhas de Crédito, Programa
Nacional de Agricultura Familiar, a suplementação de recursos para assistência
técnica e extensão rural, pesquisa agropecuária na Agricultura Familiar,
articulação e implementação das ações da Política de Desenvolvimento do Brasil
Rural (PDBR), além da disponibilização de recursos para rebate do Crédito
Emergencial da Região Sul e publicação da Portaria Interministerial MF/MPO/MC,
que trata da regulamentação do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR).
“Para atender minimamente às demandas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais,
percebemos que o orçamento do ministério é muito pouco e que precisa ser
incrementado. Para isso o MDA deve ser fortalecido. Estamos em situação
emergencial nas regiões Sul e Nordeste do país (referindo-se à seca) e os
recursos não são suficientes, além de demorarem a chegar. Nosso povo não aguenta
mais esperar”, cobra Antoninho Rovaris.
Ao término do encontro o ministro Pepe Vargas se
comprometeu; “Seremos ágeis. Vamos liberar as ações à medida que as demandas
forem analisadas. A orientação da presidenta é de descontingenciar recursos na
proporção de cada necessidade”. O ministro disse ainda que gostaria de ouvir da
CONTAG sugestões sobre a política de desenvolvimento agrário para o
Brasil.
|
Pesquisar este blog
terça-feira, maio 29, 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
BR-304/RN terá pontos parciais de interdição a partir de hoje
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) fará para interdições parciais no tráfego da BR-304/RN, em Mossoró, a parti...
-
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) fará para interdições parciais no tráfego da BR-304/RN, em Mossoró, a parti...
-
A dificuldade para pagar salários e honrar compromissos já levou pelo menos 73 municípios a decretarem estado de calamidade financeira ...
-
A guerra entre as facções afeta o cotidiano das famílias, que aguardam solução em frente ao presídioSumaia Villela A guerra entre o P...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opine com responsabilidade sem usar o anonimato usando a Liberdade de Expressão assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.
Liberdade de expressão é o direito de todo e qualquer indivíduo de manifestar seu pensamento, opinião, atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sem censura, como assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.