CONTAG cobra avanços nas políticas de meio
ambiente | |
Dentre tantas
atividades do Grito da Terra Brasil (GTB), ocorreu mais uma audiência, desta vez
no Ministério do Meio Ambiente (MMA). Na manhã de 28 de maio, uma comissão
composta pelo presidente da CONTAG, Alberto Broch, pela vice-presidente e
secretária de Relações Internacionais, Alessandra Lunas, pela secretária de Meio
Ambiente, Rosicléia Santos Azevedo e pelo secretário de Política Agrária,
Willian Clementino, além de dirigentes das Federações de Trabalhadores na
Agricultura (FETAGs), das regionais e da assessoria da confederação, foi
recebida pelos representantes do MMA.
A ministra Izabella Teixeira foi representada pelo
secretário executivo Francisco Gaetani, pelo secretário de Extrativismo e
Desenvolvimento Rural Sustentável, Paulo Guilherme Cabral, e pelo presidente do
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto
Ricardo Vizentin.
Logo na abertura, Broch afirmou que os vetos
apresentados pela presidenta Dilma Rousseff ao texto do novo Código Florestal,
aprovado na Câmara dos Deputados, resgataram pontos importantes do Senado
Federal que beneficiavam a agricultura familiar. O dirigente reconheceu que
houve empenho do MMA e do MDA nesse processo para receber as propostas da
CONTAG. Ele também elogiou a postura do governo federal em possibilitar um
diálogo permanente para que essa legislação avançasse o país. “Agora, só
avançaremos nas políticas de sustentabilidade se a questão do licenciamento
ambiental for resolvido”, reforça.
Ao entrar na discussão das propostas do GTB, a equipe
do MMA trouxe uma prévia resposta à pauta de reivindicações, onde alguns atendem
as demandas apresentadas pela CONTAG. No entanto, Rosy destacou que um dos
pontos ainda sem resposta diz respeito à criação de um grupo de trabalho para
tratar das unidades de conservação (UCs), que foi apresentado no ano passado.
“Precisamos ter um panorama da situação das UCs e um cronograma para
acompanharmos os conflitos e outras questões das unidades já existentes e das
que ainda serão criadas.”
Outros pontos debatidos foram o licenciamento
ambiental, o pagamento por prestação de serviços ambientais, ações para
enfrentamento dos efeitos causados pelas mudanças climáticas, recursos para os
projetos não-reembolsáveis, dentre outros. A CONTAG reafirmou ainda a
necessidade de criação de ações de médio e longo prazo para resolver questões
como as dos passivos ambientais, por exemplo.
Os representantes do MMA se comprometeram a criar o GT
para tratar das UCs e agendaram a primeira reunião para julho desse ano. Quanto
às outras demandas, nada ficou definido. Houve apenas um indicativo por parte do
ministério em se empenhar para manter um diálogo permanente com a CONTAG para
avançar na implementação das políticas públicas ambientais.
"A ministra nos orientou para que, entre um Grito da Terra e outro, devemos acompanhar a implementação dos pontos da pauta. Nesse sentido, está prevista a criação de uma mesa de negociação permanente", adianta Vizentin.
Rosy espera que no anúncio da presidenta Dilma
Rousseff, em 30 de maio, sejam divulgadas respostas concretas da pauta
ambiental, que há anos vem acumulando demandas extremamente importantes para a
população rural brasileira.
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Fonte: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi |
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terça-feira, maio 29, 2012
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