CONTAG cobra política de equidade na saúde
para as populações do campo | |
Precisamos criar estratégias para o fortalecimento de
uma política de equidade que se torne concreta para as populações do campo e da
floresta. Com esse mote, a CONTAG apresentou na tarde desta quinta (24 de maio),
a pauta de reivindicações do Grito da Terra Brasil (GTB) ao Ministério da Saúde.
Entre os pontos centrais negociados, a ampliação do número de equipes de saúde,
a estruturação da rede pública de saúde (principalmente para municípios com
menos de 50 mil habitantes), mais profissionais de saúde para os municípios do
interior e saneamento básico no meio rural. “Motivados pelas ofertas da rede
privada os médicos recém-formados não têm ido para o interior. Identificamos
também um percentual muito baixo de saneamento no campo e a FUNASA está muito
distanciada do meio rural”, analisa José Wilson, secretário de Políticas Sociais
da CONTAG.
Com relação ao uso dos agrotóxicos, questões
intrigantes foram abordadas. Primeiro, como se justifica que, embora seja banida
no mundo inteiro, a comercialização de agrotóxicos no Brasil ocorra livremente?
A CONTAG questionou também a taxação de gêneros alimentícios e medicamentos,
enquanto os agrotóxicos são livres de impostos. Segundo dados apresentados pela
confederação a contaminação por agrotóxicos tem sido crescente. Eles analisam
que é preciso monitorar a situação.
“O fim da pulverização aérea também precisa ser
encarado. Sugerimos a criação de um grupo de trabalho para discutir esse
assunto”, recomenda José Wilson, que sugere também o fortalecimento da ANVISA.
Para ele, é preciso criar um instituto de pesquisa voltado à agroecologia, com o
objetivo de substituir os agrotóxicos por alternativas sustentáveis. O
presidente da CONTAG, Alberto Broch lembrou ainda que existem vários produtos
orgânicos que esperam há anos pelo registro do Ministério da Agricultura: “São
produtos que substituem os agrotóxicos com eficácia. Basta legalizarmos as
iniciativas que já existem”.
Os rurais alertaram para a importância de uso do
protetor solar pelos agricultores e agricultoras familiares e reivindicaram que
o mesmo seja disponibilizado e custeado pelo SUS. Com relação à Previdência
Social, cobraram medidas com relação a demandas apresentadas ao governo no ano
passado, entre elas o reconhecimento oficial de doenças ligadas ao trabalho e
até então não reconhecidas pelos médicos. “Como pensar em políticas preventivas
se esse tipo de doença é tratado como inexistente?”, questiona José Wilson.
“Precisamos que vocês continuem nos ajudando na
definição de nossas prioridades e acompanhando nossas ações, nos monitorando e
fazendo sugestões”, registra o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha.
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Fonte: Imprensa CONTAG - Maria do Carmo de Andrade Lima |
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sexta-feira, maio 25, 2012
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