Bachelet: documento da Rio+20 deve contemplar igualdade de gênero e empoderamento das mulheres
Rio+20
Thais Leitão e Vitor AbdalaRepórteres da Agência BrasilRio de Janeiro - O documento final da Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, que será entregue aos chefes de Estado e de
Governo, deve contemplar de forma satisfatória, com importantes avanços, a
questão da igualdade de gênero e do empoderamento das mulheres. A avaliação foi
feita hoje (18) pela subsecretária-geral e diretora executiva da ONU Mulheres,
Michelle Bachelet.
Segundo ela, que concedeu entrevista coletiva no
Riocentro, zona oeste do Rio de Janeiro, o texto, que ainda está em negociação,
traz a ideia chave das mulheres como força motriz do desenvolvimento sustentável
e tem parágrafos específicos sobre o tema.
“A redação, é claro, ainda pode ser melhorada, mas ele [documento] trata
sobre essas questões do empoderamento das mulheres, de aumentar a participação
das mulheres nos processos decisórios e na economia e do fortalecimento dos
direitos das mulheres. A linguagem é boa e esperamos que continue nessa
direção”, afirmou.
Ex-presidenta do Chile, Michelle Bachelet também ressaltou que houve uma
preocupação para que a questão não ficasse restrita aos parágrafos que versam
sobre o tema, mas que fizesse parte, de maneira transversal, de outros
importantes assuntos que compõem o documento, como a erradicação da pobreza, os
oceanos e as cidades.
“As mulheres têm papel importante no desenvolvimento sustentável em várias perspectivas e é por isso que não podem estar restritas a uma só área. Precisamos das mulheres na arena política, nos processos decisórios, na implementação de políticas públicas, também na arena econômica, em toda a cadeia de suprimento”, acrescentou.
“As mulheres têm papel importante no desenvolvimento sustentável em várias perspectivas e é por isso que não podem estar restritas a uma só área. Precisamos das mulheres na arena política, nos processos decisórios, na implementação de políticas públicas, também na arena econômica, em toda a cadeia de suprimento”, acrescentou.
Ela destacou que, de acordo com relato da ex-primeira ministra da Noruega e
enviada especial do secretário-geral das Nações Unidas, Gro Brundtland, a
participação feminina no mercado de trabalho norueguês chega a 75%. Na América
Latina, entretanto, ela alcança 53% em média e está geralmente associada aos
setores informais.
“Precisamos aumentar a capacitação das mulheres para que elas contribuam
ainda mais para a economia mundial, mas também precisamos delas porque tomam
decisões todos os dias em aspectos relacionados ao uso da água e da energia, por
exemplo. Precisamos delas para garantir que as três dimensões do desenvolvimento
sustentável [social, econômica e ambiental] estejam de fato integradas”,
ressaltou.
Edição: Lílian Beraldo
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