CCJ
aprova cassação de prefeito que não garantir recursos de conselho tutelar
A Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara dos
Deputados aprovou nesta quarta-feira (6) o Projeto de Lei 1821/11, da deputada
Sandra Rosado (PSB-RN), que prevê a cassação de prefeitos que não incluírem na
lei orçamentária ou não empregarem os recursos necessários ao funcionamento do
conselho tutelar do município.
A proposta transforma em
infração político-administrativa a falta de garantia dos recursos. O prefeito
que incorrer na infração fica sujeito à perda do mandato após o julgamento da
Câmara de Vereadores.
O Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA - Lei 8.069/90) obriga cada cidade brasileira a ter, no
mínimo, um conselho tutelar que seria criado por lei municipal e mantido pelo
orçamento municipal. A lei não prevê, porém, sanção caso ele não funcione.
Sandra Rosado comemorou
a aprovação da proposta, que ainda será analisada pelo Plenário. “O Conselho
Tutelar é um órgão inovador na sociedade, com a missão de zelar pelo
cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Por isso, é imperioso que
os prefeitos sejam responsáveis pelo seu adequado funcionamento”, declarou.
O relator do projeto na
CCJ, deputado Antonio Bulhões (PRB-SP), recomendou a aprovação da matéria.
“Muitos municípios não contemplam em seu orçamento dotação específica para o
conselho tutelar. Assim, há municípios onde o conselho sequer foi instalado”,
observou.
A norma altera a
legislação que define as responsabilidades dos prefeitos e dos vereadores
(Decreto-Lei 201/67).
Texto: Informações da
Agência Câmara
A Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou na quinta-feira (31) o Projeto de
Lei 4261/04, da deputada Gorete Pereira (PR-CE), que inclui fisioterapeutas e
terapeutas ocupacionais no Programa Saúde da Família (PSF). O projeto recebeu
parecer favorável da relatora, deputada Sandra Rosado (PSB-RN). A proposta
segue para análise no Senado Federal.
Gerenciado pelo Sistema
Único de Saúde (SUS), com foco na rede médico-hospitalar estadual e municipal,
o PSF é uma das principais ações de saúde pública do País. Atualmente, as
equipes do PSF são formadas por médicos, dentistas, enfermeiros, auxiliares de
enfermagem, agentes comunitários de saúde, auxiliares de consultório dentário e
técnicos em higiene dental.
Para a relatora da proposta, os
fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais irão compor as especialidades que
faltavam na equipe do Programa Saúde da Família. “O terapeuta ocupacional, por
exemplo, ajudará na ressocialização de pessoas. Enquanto o fisioterapeuta
ajudará na reabilitação e, até mesmo, prevenção de incapacidades motoras”,
aponta Sandra Rosado.
A líder do PSB, deputada
federal Sandra Rosado (RN), apresentou emenda à Medida Provisória 571/12, que
altera o novo Código Florestal. O texto, também assinado pelo deputado federal
Antônio Balhmann (PSB-CE), regulariza as atividades de carnicicultura e salinas
nas áreas de apicuns e salgado. A proposição, no entanto, restringe a garantia
aos empreendimentos que iniciaram as atividades antes de julho de 2008. A
comissão mista que analisará a MP foi instalada nesta terça-feira (5).
Esta é a segunda
tentativa de Sandra Rosado de manter a produção de crustáceos, principalmente
camarão, e a extração de sal nas áreas. Em abril, a Câmara aprovou emenda da
parlamentar que excluía apicuns e salgados das áreas de preservação permanente
(APPs), mas o texto foi vetado pela presidente Dilma Rousseff juntamente com
outros artigos do Código Florestal.
Outra emenda, também
assinada pela parlamentar, aumenta para 20% a ocupação das áreas de apicuns e
salgado nos Estado com bioma amazônico e para 80% no restante do País. A MP 571
determina 10% nos Estados da Amazônia e 35% nos outros Estados.
Sandra argumenta que
apicuns e salgado são formações hipersalinas e sem vegetação, que desde o
século XVI produzem sal sem que se tenha detectado alterações climáticas ou
ambientais em função de seu uso. Setores produtivos do Nordeste temem que a
restrição ao uso dessas áreas acabe com a indústria salineira e com a
carnicicultura. O Rio Grande do Norte, por exemplo, é responsável por 95% de
toda produção de sal do País.
Na emenda, a deputada
lembra que a própria Medida Provisória estabelece o respeito às atividades
tradicionais de sobrevivência das comunidades locais. “Para a manutenção dessas
atividades é imprescindível o acesso permanente e irrestrito às áreas dos manguezais
adjacentes aos criatórios e salinas”, argumenta. A parlamentar considera ainda
inadequado impor aos produtores a responsabilidade de proteger a integridade de
uma área da qual eles não detêm posse ou autoridade.
O presidente da comissão
mista que analisará a MP, deputado Bohn Gass (PT-RS), acredita que o relatório
sobre o tema ficará pronto para análise do Plenário no início de julho. No
total, 727 emendas foram apresentadas.
Segundo o Ministério da
Saúde, existem cerca de 32,8 mil equipes de saúde da família implantadas em
5.274 municípios, abrangendo 54% da população brasileira.
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