Nacional
Marcos
Chagas
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) cobrou hoje (22) do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal
(STF) providências para punição de corruptos. Em nota oficial, os integrantes do
colegiado, ante as denúncias de desvio de recursos públicos, advertiram que a
sociedade chega “a colocar em xeque a credibilidade das instituições”.
Aos deputados e senadores, os bispos cobraram resultado nas investigações em
andamento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. Aos
ministros do STF, os integrantes da CNBB manifestaram a expectativa de que
julguem os 36 acusados pelo Ministério Público de participar de formação de
quadrilha, prevaricação, peculato e lavagem de dinheiro no episódio do
mensalão.
O processo em julgamento pelo STF é resultado dos trabalhos de investigação
da CPMI dos Correios, em 2006. De outro lado, a CPMI em curso no Congresso
investiga a participação de políticos e agentes públicos e privados em um
esquema de corrupção que seria comandado pelo empresário Carlos Augusto de
Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
“Esperamos que a CPMI dê em alguma coisa. O Congresso Nacional deve
representar nossa sociedade. Isso é fundamental para que o trabalho dos
deputados e senadores não termine em pizza”, disse o presidente da
CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis.
Sobre o julgamento dos réus do mensalão no STF, a expectativa é de que ocorra
em agosto, conforme cronograma estabelecido pela Corte. “Se a Justiça não cumpre
sua missão, isso servirá de estímulo para outros crimes”, disse o cardeal
Raymundo Damasceno.
Como 2012 será um ano eleitoral, a CNBB vai estimular os padres a debaterem
com os fiéis o tema da ética pública, estimulando que os eleitores cobrem dos
candidatos compromisso com projetos que melhorem a qualidade de vida nas
comunidades e nos municípios. A orientação é que os párocos incentivem a
comunidade a promover debates com os candidatos.
O Conselho Permanente é o órgão de orientação e acompanhamento da atuação da
CNBB e dos organismos a ela vinculados. Está abaixo da Assembléia Geral, órgão
supremo da entidade, conforme o Artigo 27 do seu estatuto canônico.
Edição: Davi Oliveira
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