Dilma destaca trabalho coletivo das delegações ao encerrar a
cúpula de líderes da Rio+20
Carolina
Gonçalves e Vitor Abdala
Repórteres da Agência Brasil
Repórteres da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Ao encerrar há pouco a reunião de cúpula da Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, a presidenta Dilma
Rousseff ressaltou o trabalho coletivo das delegações na construção do documento
O Futuro Que Queremos. Segundo ela, os compromissos acordados entre
líderes de mais de 193 nações é um marco no conjunto de resultados das
conferências da Organização das Nações Unidas (ONU).
Dilma afirmou que, aos resultados concretos da Rio+20, soma-se um “legado
intangível”, que é a mobilização de uma nova geração no Brasil e no mundo, em
torno dos desafios da sustentabilidade. “Assim como em 92, [a conferência] terá
efeito transformador nas gerações atuais e futuras.”
A presidenta ainda cobrou dos países empenho, agora, em colocar os
compromissos assumidos em prática e avançar em relação às metas definidas na
conferência. “Cada país pode e deve avançar em relação aos compromissos e ir
além do documento. Porém, nenhum país tem direito de ficar aquém do documento”,
disse. Dilma ainda acrescentou: “Iniciamos uma caminhada que deve ser orientada
por ambição”.
Ao destacar os principais avanços acordados durante a conferência, Dilma
agradeceu os esforços e o equilíbrio respeitosos entre os países para encontrar
consensos e elogiou a disposição que os países mais pobres apresentaram durante
os trabalhos. “Aplaudo em especial os países em desenvolvimento que assumiram
compromissos concretos com o desenvolvimento sustentável, mesmo na ausência da
necessária contrapartida prometida pelos países desenvolvidos”.
Segundo Dilma, o Brasil continuará fazendo sua parte na direção da agenda
global de sustentabilidade. “Colocaremos US$ 6 milhões no Pnuma [Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente] e US$ 10 milhões no enfrentamento das
mudanças do clima nos países mais vulneráveis da África e pequenas ilhas”.
A presidenta voltou a explicar que o documento da Rio+20 é um ponto de
partida e não de chegada, como é considerada a convenção que ocorreu há duas
décadas. E ressaltou que a Rio+20 não retrocedeu em relação aos compromissos
assumidos nas conferências anteriores. Dilma ainda acrescentou que a Rio+20
provou que o multilateralismo é uma insubstituível expressão global da
democracia. “É a via legitíma para a construção de soluções para problemas que
afetam toda a sociedade. Cabe a nós dar efeito e concretude a tudo o que
decidimos aqui. É hora de agir”.
O secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang, disse que o documento O Futuro
Que Queremos fornece instrumentos necessários para que a conferência
produza um legado duradouro. Zukang ressaltou que todos os líderes presentes
devem ter orgulho do resultado “extraordinário” alcançado nos últimos dias, mas
alertou que as nações precisam ser responsáveis na implementação desses
compromissos.
“Vocês assinaram um quadro geral para ações que vão nos levar adiante. É hora
de pegar esses compromissos e agir. Desenvolvimento sustentável é a única opção
para a humanidade, para o nosso planeta compartilhado, para o nosso futuro”,
disse.
O alerta sobre o cumprimento dos compromissos foi reforçado pelo
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que definiu a Rio+20 como uma conferência
exitosa. “O documento adotado por consenso fornece firmes bases para a
construção do bem-estar social, econômico e ambiental. Agora, é nossa
responsabilidade desenvolvê-las”, disse.
Ao final da cerimônia, Ban Ki-moon entregou o martelo, símbolo da
conferência, como um presente, uma lembrança da Rio+20 à presidenta Dilma, que
foi anfitriã e coordenadora do evento.
Edição: Lana Cristina
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