27/06/2012 -
12h19
Daniel Lima, Yara Aquino e Pedro
Peduzzi
Repórteres da Agência Brasil
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Na busca de alavancar o crescimento da
economia, o governo anunciou hoje (27) o Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) Equipamentos. A finalidade é disponibilizar R$ 8,4 bilhões para agilizar
as compras governamentais com preferência à aquisição de produtos da indústria
nacional. Esta é mais uma série de medidas para tentar evitar a queda do Produto
Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, ante a
crise internacional.
O programa anunciado pelo governo prevê aquisições
nas áreas de saúde, defesa, educação e agricultura, como retroescavadeiras,
ambulâncias, ônibus escolares, motocicletas para policiais, veículos lançadores
de mísseis e blindados.
Na área de saúde, mais de 80 itens produzidos no
país poderão ser adquiridos com preços até 25% superiores aos dos concorrentes,
de acordo com o Ministério da Saúde. A margem de preferência vai variar entre 8%
e 25% para o que for produzido pela indústria brasileira até junho de 2017.
Entre os itens previstos estão tomógrafos e aparelhos de hemodiálise.
O governo também oferecerá financiamento do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra de
equipamentos na área de saúde. Nesse caso, o índice de nacionalização deve ser
de, no mínimo, 60% como forma de estimular a produção de equipamentos médicos no
Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde.
Além de estimular a economia, o programa vai atuar
no combate a problemas como a seca e beneficiar escolas por meio da compra de
ônibus e mobiliários. No total, na área educacional, serão adquiridos 8,5 mil
veículos e 30 mil móveis. Para combater a seca, serão comprados 8 mil caminhões
e 3 mil patrulhas agrícolas (conjunto formado por tratores e implementos na
busca de aumentar a produtividade agrícola).
Entre os veículos, estão ainda 2,1 mil ambulâncias
para o Sistema Único de Saúde e 160 vagões de trens, além de 500 motocicletas
para as polícias Federal e Rodoviária Federal.
Parte dos R$ 8,4 bilhões a serem gastos nas
compras governamentais já estava prevista no Orçamento de 2012, o adicional
necessário chegará a R$ 6,6 bilhões, de acordo com o ministro da Fazenda, Guido
Mantega. Com isso, a previsão de investimentos do PAC para 2012 sobe de R$ 42,6
bilhões para R$ 51 bilhões. “É o maior já feito em um ano”, destacou.
As projeções de analistas do mercado financeiro,
divulgadas esta semana pelo Banco Central, indicam que a economia pode crescer
apenas 2,18%, em 2012, ante a crise mundial. Caso se confirme, será um
crescimento bem menor do que os 2,7% registrados no ano passado.
Edição: Talita Cavalcante
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