Mais de 6 mil políticos que ocupam cargo no serviço público
estão inelegíveis, diz TCU
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Mais de 6 mil políticos que
ocupam algum cargo de gestão no serviço público já estão inelegíveis por oito
anos a contar das eleições municipais de outubro. Essas pessoas tiveram suas
contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e, por isso,
serão atingidos pela Lei da Ficha Limpa.
A informação é do presidente do TCU,
Benjamim Zymler, que hoje entrega a lista completa dos gestores, às 17 horas, à
presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia. “Este é um
momento muito importante porque dá consequência concreta ao julgamento das
contas irregulares do TCU”, destacou o presidente do tribunal.
Zymler acrescentou que além da punição
por multas e quitação dos débitos pendentes por causa de má gestão de recursos
públicos, essas pessoas estarão inelegíveis. O ministro lembrou que todos os
gestores tiveram suas contas julgadas em caráter definitivo, prerrogativa para
que uma pessoa seja enquadrada na Lei da Ficha Limpa.
“Realmente essa é uma consequência
importante, e muito bem-vinda a possibilidade de tornar inelegíveis aqueles que
não souberam lidar com o dinheiro público de forma adequada”, ressaltou Benjamim
Zymler. O presidente do TCU lembrou que esses gestores tiveram direito, até a
última instância, à ampla defesa.
O presidente do TCU entregou hoje (19)
ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o relatório de análise das
contas do governo federal. As ações da presidenta Dilma Rousseff em seu primeiro
ano de gestão foram aprovadas com 25 ressalvas e 40 recomendações, já
encaminhadas ao Executivo. O relator, ministro José Múcio Monteiro, destacou que
todas as ressalvas estão relacionadas a aspectos de conformidade da receita
pública, da dívida pública, da execução do orçamento e das demonstrações
contábeis.
Edição: Talita Cavalcante
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