Marco Maia vai pedir investigação sobre comércio de emendas na
Câmara dos Deputados
Política
Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse
hoje (19) que vai pedir à Corregedoria da Casa que investigue a denúncia de
esquema de venda de emendas na Câmara dos Deputados, ilegalidade que seria
liderada pelo deputado federal João Carlos Bacelar (PR-BA). A decisão atende
pedido feito pelo PSol por meio de ofício protocolado nessa manhã.
“Ainda não recebi esse ofício, mas assim que receber vou encaminhar à
Corregedoria para que ela faça a análise cabível”, disse. Marco Maia afirmou
ainda que é comum parlamentares “conversem” sobre as emendas, para que um
município não tenha um número maior de emendas do que outro.
“Não há crime nisso. É comum acontecer. Há situações em que o prefeito vem
aqui depois das eleições e pede a todos os deputados que destinem emendas ao
município ou alguma organização não governamental e, mesmo não tendo voto
naquele local, destina-se a emenda”, disse.
“Agora, temos que investigar para saber que tipo de negócio há na indicação
das emendas, mas isso só uma investigação mais aprofundada”, acrescentou.
Apesar da denúncia, Marco Maia negou que haja um esquema de compra e venda de
emendas na Câmara dos Deputados. “Não há um esquema de compra e venda de emendas
aqui na Câmara, o que há é uma denúncia localizada de um parlamentar da Bahia
com mais outros dois deputados, que precisamos investigar para saber se isso de
fato aconteceu”.
A denúncia de venda de emendas parlamentares foi apresentada em reportagem do
jornal O Globo, publicada domingo (17), baseada em conversas gravadas
nas quais a ex-mulher de Bacelar, Isabela Suarez, descreve o esquema. De acordo
com a gravação, o deputado, que é empresário na Bahia, comprava emendas de
outros deputados federais. Bacelar já é investigado na Câmara por outras
denúncias.
Edição: Davi Oliveira
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