Agência Brasil
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi o entrevistado do programa Bom Dia Ministro dessa quinta-feira (31) e destacou, entre outros assuntos, a redução da mortalidade materna, a distribuição gratuita de remédios para a asma, o aumento das cirurgias eletivas, vacinação contra gripe e a Carta SUS. Leia abaixo trechos da entrevista, editada pelo Em Questão.
Vacinação contra gripe
O grupo de risco recomendado não só pelo Ministério da Saúde, mas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para a vacinação em massa, são as pessoas com mais de 60 anos de idade, as crianças de seis meses até dois anos, todas as gestantes, independente do momento da gravidez, e todos os profissionais de saúde, seja da área pública ou privada. Quando decidimos, no ano passado, ampliar a vacinação do grupo de risco, cumprindo aquilo que a OMS recomendava, reduzimos em 66% os óbitos e em 44% as internações e casos graves relacionados à gripe H1N1. Por isso, estamos mantendo neste ano a recomendação da OMS. Além da vacinação, uma outra decisão reduziu óbitos e casos graves, que foi a maior distribuição de remédio de graça contra a gripe H1N1, que é o chamado Oseltamivir, que as pessoas conhecem como Tamiflu.
Mortalidade materna
É possível intensificar a curva de redução de óbitos entre as mulheres, ampliando o acesso aos serviços. Com as ações da Rede Cegonha, que começamos em 2011, o que conseguimos já de resultados? Primeiro, ampliar fortemente o acesso ao pré-natal. Pela primeira vez, mais de 1,7 milhão de mulheres realizaram pelo menos sete ou mais consultas do pré-natal. Isso levou à redução de 21% dos óbitos maternos no Brasil em 2011, comparado com 2010. Nos últimos dez anos, a redução vinha variando de 5% a 7% ao ano. Um hospital que adere à Rede Cegonha recebe o dobro de recursos para um leito de UTI, um Centro de Parto Normal, de Casa da Gestante, do Bebê, ou seja, o recurso para a manutenção e contratação de profissionais, o ministério repassa para o estado e município de acordo com o desempenho e a qualidade desse atendimento.
Planejamento reprodutivo
É fundamental orientar as mulheres, o que chamamos de planejamento reprodutivo, para conhecerem todos os métodos anticoncepcionais que já estão à disposição nas unidades de saúde. Pela primeira vez, em 2011, reduziu o número de gravidez na adolescência, ou seja, uma curva que vinha crescendo ano a ano até 2010 e, em 2011, começou a cair. Isso tem a ver com orientar as mulheres sobre o melhor momento para ter a gravidez.
Cirurgias eletivas
Reduzir o tempo de espera para o atendimento é uma obsessão do Ministério da Saúde. A gente precisa muito dos estados e dos municípios para nos ajudarem nessa tarefa, porque são eles que organizam os serviços, que contratam os médicos. O Ministério da Saúde criou uma portaria específica, no ano passado, que dá um aumento de recursos para reduzir a fila das cirurgias eletivas, apoiando a realização de mutirões, de campanhas. Essa portaria já nos trouxe resultado. Em 2011, aumentamos em 69% o número de cirurgias eletivas, em todo o Brasil. Um dos grandes desafios do SUS é a qualidade no atendimento. E a redução do tempo de espera é uma das questões fundamentais.
Remédios de graça
Quando a gente colocou remédio de graça para hipertensão e diabetes no Farmácia Popular, em um ano aumentamos em três vezes o número de pessoas que tiveram acesso aos medicamentos. Pela primeira vez, começamos a reduzir o número de internações por diabetes. A partir da próxima segunda-feira (4), estamos colocando de graça remédio para asma no Farmácia Popular. Olhando, sobretudo, para as crianças, dentro do programa Brasil Carinhoso. A asma é a segunda causa de internação das crianças até seis anos de idade. O remédio estará de graça para toda a população, independente da faixa etária.
Carta SUS
O Ministério da Saúde estabeleceu que, no momento do preenchimento da ficha de internação, tem que ter o endereço da pessoa. Desde janeiro, o ministério envia uma carta para toda pessoa internada no SUS. Já descobrimos, com essa carta, pessoas que se surpreenderam porque foram atendidas pelo SUS e um médico, um profissional ou mesmo a clínica, cobrou aquele procedimento, o que é absolutamente proibido. Isso nos permitiu descredenciar a clínica, identificar essa irregularidade, fechar e punir. E esse usuário também responde à carta fazendo uma avaliação do serviço do hospital, do atendimento.
O programa é transmitido ao vivo pela TV NBR e pode ser acompanhado na página da Secretaria de Imprensa da Presidência da República.
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