Controladoria-Geral investiga possível 'nepotismo cruzado' em cargos públicos
Órgão é responsável pelo controle interno e prevenção da corrupção, a Controladoria-Geral da União (CGU) abriu investigação para apurar casos de parentesco entre servidores do Executivo, dois anos após a proibição do nepotismo na administração federal.
O trabalho é com base no Decreto de 2010 que proíbe o nepotismo e define as situações de parentesco entre os servidores. Levantamento do jornal O Estado de S.Paulo, a partir da Lei de Acesso à Informação revela, ainda que, após a edição do decreto, 174 casos foram identificados.
Os servidores foram notificados e apresentaram justificativas para a contratação. Do total, 132 pessoas foram exoneradas. Desde então, 21 novas denúncias chegaram à CGU. Dessas, nove foram consideradas infundadas e três resultaram em exoneração.
O decreto proibiu a ocupação de cargos de confiança por familiares de ministro, dirigentes ou ocupantes de cargos de confiança e chefia na administração federal, valendo também para os demais poderes (Legislativo e Judiciário), em Estados e municípios
Foram considerados parentes aqueles em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, até terceiro grau. A lei vale para cônjuge e companheiro e também para o "nepotismo cruzado", que é o ajuste mediante nomeações recíprocas, ou seja, designação de parentes de autoridades, por outra autoridade do mesmo ente federativo.
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