Patrulhamento nas fronteiras terá com novos terminais para comunicação via satélite
- Sistema já usado pela Marinha / Crédito: Ministério da Defesa
Lançamento dos equipamentos deverá acontecer na próxima edição da Operação Ágata
Novos terminais táticos para comunicações militares via satélite serão utilizados nas operações de patrulhamento das fronteiras brasileiras. Os equipamentos serão usados pelo Ministério da Defesa (MD) na próxima edição da Operação Ágata, de combate a ilícitos nas fronteiras.
Transportáveis e com recursos avançados de transmissão, os terminais ampliam a capacidade de comunicação das Forças Armadas em operações militares. “Com esses equipamentos, é possível ter acesso a telefone, internet, videoconferências, trocas de dados e acessos a sistemas remotos nos locais mais longínquos”, afirma o coronel reformado Edwin Pinheiro da Costa, chefe da Seção de Telemática do MD.
Ao todo, 31 novas estações do tipo “Fly Away” foram incorporadas ao Sistema de Comunicações Militares por Satélite (Siscomis) do MD, a um custo unitário de US$ 157 mil. Os equipamentos foram fornecidos por uma empresa espanhola, encarregada de colocar em funcionamento tanto os terminais (navais e terrestres), quanto o sistema de gestão da rede.
A principal vantagem dessas estações é seu desdobramento rápido, garantindo facilidade para serem transportadas e instaladas. Cada estação tem antena de 1,8 m, pesa em torno de 400 quilos (kg) e pode ser montada em menos de 20 minutos. O sistema tem capacidade de transmissão de dados de quatro megabytes por segundo (4Mbps). “Trata-se de um equipamento muito flexível”, diz Pinheiro. “Contamos hoje com 13 desses terminais instalados em navios da Marinha, o que possibilita a comunicação por satélite mesmo quando as embarcações estão se deslocando em alto-mar”.
Segundo ele, o sistema tem sido largamente utilizado no Brasil e também no exterior, inclusive pelas forças de paz brasileiras que atuam no Haiti, onde estão instaladas três unidades.
Terminais - Com o novo lote, as Forças Armadas Brasileiras passam a dispor de um total de 87 termináveis transportáveis.
Atualmente, o segmento espacial do Siscomis está baseado no aluguel de uma faixa exclusiva (Banda “X”) via satélite. De acordo com o MD, a perspectiva de lançamento, para 2014, de um satélite geoestacionário brasileiro deverá mudar esse cenário, passando o governo brasileiro a ter total controle do satélite.
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