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segunda-feira, setembro 24, 2012


Baixo investimento na saúde contribui para queda da qualidade de vida dos brasileiros, aponta CFM

24/09/2012 - 15h05
Aline Leal Valcarenghi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou hoje (24) nota em que relaciona o baixo investimento do governo na saúde pública ao mau desempenho do Brasil no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),ranking no qual o país ocupou 84ª posição entre os 187 países avaliados.
“Trata-se de uma posição nada lisonjeira para quem se coloca entre os dez mais ricos do mundo, com pretensões de ser a sexta economia do mundo”, diz o primeiro-vice-presidente do CFM, Carlos Vital.  
Baseado em levantamentos realizados por organismos internacionais, o conselho constatou timidez nos investimentos públicos em saúde no Brasil, com reflexo nos resultados alcançados pelo modelo brasileiro nos campos do cuidado, prevenção e promoção de saúde.
Segundo o CFM, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o governo brasileiro tem uma participação menor do que as suas possibilidades no financiamento da saúde pública, figurando em último lugar entre os países que têm modelo público e acesso universal à saúde.  
A concentração dos médicos nas grandes cidades é apontada como fator que contribui para a desigualdade de acesso da população ao sistema de saúde. Segundo cálculos do conselho, os 373 mil médicos que atuam no Brasil seriam suficientes para atender a demanda, caso houvesse políticas públicas de incentivo à fixação de profissionais em municípios pequenos, principalmente do Nordeste do país e da região amazônica.
De acordo com o CFM, todos os países que investem mais em saúde têm uma taxa maior de médicos por mil habitantes e estão mais bem posicionados no ranking do IDH.  Além disso, contam com uma expectativa média de vida maior e menores taxas de mortalidade neonatal (primeiros 28 dias de vida), segundo relatório de Estatísticas Sanitárias 2012 da OMS.
Para o conselho, o esforço público brasileiro poderia ser maior ou melhor orientado se o país contasse com uma visão estruturante na gestão da saúde e os avanços na esfera econômica fossem estendidos ao campo das políticas sociais.
O Ministério da Saúde foi procurado pela Agência Brasil, mas não se pronunciou até o fechamento da matéria.

Edição: Lílian Beraldo

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