Conta
de luz será 16,2% menor para famílias em 2013
Redução
para indústrias ficará entre 19% e 28%
A
partir do início de 2013, as contas de energia elétrica de empresas e
residências vão baixar 20%, em média (veja tabela). Para o consumo das famílias
e empresas que usam energia em baixa tensão, a redução será de 16,2%. Para as
indústrias, que usam alta tensão, a energia ficará entre 19% e 28% mais barata.
A diferença se dá por causa do custo da distribuição, que é mais alto na rede
de baixa tensão.
O
corte no custo da energia será gerado por dois fatores: redução de tributos
federais pagos pelo setor e da tarifa média de geração e da Receita Anual
Permitida da transmissão. O custo será menor porque essa infraestrutura é
antiga e não terão mais ativos a depreciar ou amortizar a partir de 2013.
Algumas usinas hidrelétricas, por exemplo, têm 70 anos de operação e já pagaram
pelo investimento em seus principais equipamentos e estruturas. Essa redução do
custo de produção e transmissão corresponde a 13% da redução média da tarifa do
consumidor final.
Tributos
- Os outros 7% virão da redução da cobrança de encargos do setor energético. A
União aportará anualmente cerca de R$ 3,3 bilhões na Conta de Desenvolvimento
Energética (CDE), para a manutenção de programas sociais como o programa Luz
para Todos (LPT), a Tarifa Social destinada à população de baixa renda e o
subsídio à geração eficiente de energia elétrica nos Sistemas Isolados. Esses
programas eram financiados pelo setor energético, que passará a pagar 75% menos
para a CDE. Além disso, a cobrança da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC)
será extinta e suas despesas reduzidas para os níveis eficientes de perdas.
A
cobrança da Reserva Global de Reversão (RGR) também será extinta para as
distribuidoras, para os novos empreendimentos de transmissão e para as
concessões prorrogadas. Ela será mantida apenas para os empreendimentos de
geração e de transmissão em operação e em implantação que atualmente já pagam
esse encargo.
Tesouro
- Os aportes anuais de R$ 3,3 bilhões do Tesouro Nacional na CDE serão
provenientes dos créditos que o Tesouro e a Eletrobras possuem junto a Itaipu,
decorrentes da dívida adquirida para construção da hidrelétrica. “O Tesouro vai
comprar os créditos da Eletrobras e transferir a sua parte e a comprada para o
sistema elétrico”, afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.
Medida
vai abater até 1 ponto percentual na inflação
O
Ministério da Fazenda calcula que o impacto da redução das contas de energia em
2013 irá baixar entre 0,5 e 1 ponto percentual a inflação medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com o ministro, Guido
Mantega, essa queda no custo de produção permitirá uma elevação nos
investimentos e no consumo no próximo ano. “Com isto, o Brasil será um dos
poucos países do mundo que terá crescimento acima de 4%”, avalia.
Para
ele, a medida será fundamental para todos os setores produtivos, permitindo um
aumento da competitividade. “E o consumidor terá sobra de recursos para fazer
outras aquisições, poderá comprar”, explicou.
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