Plano
Nacional de Educação será analisado após eleições
Domingo, 30 de Setembro de
2012 às 00:0/ Por: Redação do Jornal Mossoroense
Logo após as eleições
municipais, o Senado começará a analisar um projeto que interessa de perto aos
novos prefeitos, assim como aos atuais governadores e ao governo federal: o que
estabelece as metas do Plano Nacional de Educação para o período de 2011 a
2020. Na pauta, entre outros pontos, a grande polêmica durante a longa
tramitação da proposta na Câmara dos Deputados: a destinação à educação de
recursos equivalentes a 10% do Produto Interno Bruto (PIB).
O projeto (PL 8.035/2010)
foi aprovado no dia 26 de junho por uma comissão especial da Câmara, onde
estudantes e representantes de movimentos sociais celebraram a inclusão no
texto final da meta de destinação à educação dos 10% do PIB. A partir daquele
momento, o texto poderia ser enviado ao Senado. Porém, um recurso apresentado
por 80 deputados pediu a sua votação em Plenário.
A retirada do recurso, no
início de setembro, evitou a necessidade de votação do projeto no Plenário da
Câmara. Mas ainda é necessária a votação da redação final da proposta pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara. Isto pode
ocorrer durante o próximo esforço concentrado a ser promovido pelos deputados,
nos dias 9 e 10 de outubro. Assim que a redação final for aprovada, o texto
seguirá para o Senado. A tramitação do projeto no Senado deverá, então, começar
após o segundo turno das eleições.
Atualmente, a União, os
estados e os municípios aplicam, juntos, pouco mais de 5% do PIB em educação.
Na proposta original do novo PNE, segundo texto elaborado pelo Poder Executivo,
havia uma previsão de se chegar a 7% do PIB durante a vigência do plano. O
índice foi sendo ampliado gradualmente pelo relator, deputado Ângelo Vanhoni
(PT-PR), até alcançar 8% em seu último relatório, de acordo com relato da
Agência Câmara. A forte pressão de movimentos ligados à educação, porém, levou
à aprovação do percentual de 10% do PIB, que agora será examinado pelo Senado.
Mercadante
Durante debate realizado em
julho, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), o ministro da Educação,
Aloizio Mercadante, defendeu - poucos dias após a aprovação do projeto pela
comissão especial da Câmara - uma solução alternativa para a ampliação dos
recursos a serem aplicados no setor.
Segundo o ministro, em vez
de estabelecer em lei o investimento mínimo de 10% do Produto Interno Bruto
(PIB), sem especificar a fonte dos recursos, o Congresso Nacional poderia
direcionar às salas de aula uma parcela dos royalties do petróleo - nos níveis municipal,
estadual e federal.
- Qual é a discussão
verdadeira? É de onde virão os recursos. Por que não se estabelece vinculação
dos royalties de petróleo com a educação em todos os níveis? Se houver uma
fonte de financiamento, então é para valer. Espero que o Senado abra esse
debate. Com os royalties,fazemos a revolução que o Brasil precisa na educação -
sugeriu Mercadante.
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