‘Besta Fera acabará com o mundo ainda nesta sexta’, diz o ‘profeta’
“No dia 12 de julho de 2009 recebi a visita de um anjo. Mas ele não tinha asa, parecia mais um senhor, de aproximadamente 50 anos, cabelos grisalhos. Ele me disse que devido eu ter entregado o meu corpo ao Senhor, Deus queria me usar, para transmitir a mensagem que o mundo acabaria”, disse Luis Pereira dos Santos. Ele ganhou grande repercussão ao afirmar que o mundo acabará nesta sexta-feira (12/10) a partir das 16h.
“O sol e as estrelas deixarão de existir, as trevas vão dominar o planeta e as pessoas vão correr atrás da morte, mas nem a morte vai querer elas”, descreveu Luís. Cerca de 120 pessoas, adeptos à teoria, estão na casa de Luís, conhecida como Arca, no Parque Universitário, Zona Leste de Teresina.
“Tirei crianças do mundo das drogas, antes eu trabalhava, vendi tudo que tinha pra poder pegar essas pessoas, e elas foram deixando as drogas rápido. Muitos eram drogados, muitas eram prostitutas, ando muito nesses lugares onde andam as prostitutas e falo da palavra de Deus para elas”, declarou.
RESGATE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTESPoliciais militares e civis participaram no fim da tarde desta quinta-feira (11/10), de uma operação para retirar 19 crianças e adolescentes que estavam morando na casa de Luiz Pereira. Durante a operação, a polícia encontrou veneno escondido em um dos cômodos da casa e o suposto profeta foi conduzido a DPCA para prestar esclarecimentos.
O resgate das crianças e adolescentes da casa de Pereira foi determinado pela juíza da 1ª Vara da Infância e da Adolescência, Maria Luiza de Moura, que acatou o pedido da DPCA solicitando medidas de proteção aos menores. Eles foram encaminhados para abrigos.
SAIBA QUEM É O PROFETAEle afirma que antes do ‘chamado’ era católico, e recebeu a visita do anjo uma segunda vez, quando resolveu atender. Sua mulher, que na época tinha 19 anos e cinco filhos, o abandonou, arrumou outro companheiro e depois foi embora para o Paraná. “O anjo disse que o senhor queria fazer de mim um pastor, não era para eu viver como os outros viviam, eu deveria cuidar das ovelhas perdidas. Minha mulher pensou que eu estava doido”, afirmou.
“Chamaram até Cristo de louco, ele me disse que por fazer a obra de Deus, as pessoas me chamariam de louco, mas muitos foram chamados para essa missão, poucos foram escolhidos”, disse.
Desde que aceitou o ‘chamado’, Luís formou uma comunidade no Parque Universitário, Zona Leste de Teresina, onde cerca de 60 pessoas. Muitos largaram seus empregos e famílias para aguardarem o arrebatamento.
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