PRA INICIO DE CONVERSA -02/10/2012
01-. Dilma reitera críticas a países
desenvolvidos e pede união de sul-americanos e árabes para fortalecer
economias.
02/10/2012 - 12h26
Internacional
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff
defendeu hoje (2) a ampliação das parcerias entre os países sul-americanos e
árabes como forma de reagir aos impactos da crise econômica internacional.
Dilma reiterou as críticas ao protecionismo dos países desenvolvidos, como os
Estados Unidos, que atinge a economia das nações em desenvolvimento. Ela
também reclamou do que chamou de exportação da crise para o mundo.
“Os efeitos da crise econômica se
propagam”, disse a presidenta, que foi a primeira chefe de Estado a discursar
na 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo América do Sul–Países Árabes
(Aspa), em Lima, no Peru. “Um protecionismo disfarçado se impõe”,
acrescentou, apelando aos presentes: “precisamos desenvolver nossa cooperação
com bases solidárias”.
Dilma condenou os países desenvolvidos que
sofrem de maneira mais intensa os efeitos da crise econômica internacional e
que adotaram planos de austeridade na tentativa de conter os impactos e pagar
as dívidas. Para a presidenta, essas medidas não são a solução para o que
chamou de “desemprego galopante”, que afeta principalmente os países da zona
do euro
A exemplo do seu discurso na 67ª Assembleia
Geral das Nações Unidas, a presidenta reclamou dos países que desvalorizam
suas moedas de forma artificial atrapalhando o comércio internacional. Para
ela, uma das soluções é a parceria entre sul-americanos e árabes. Dilma
lembrou que o comércio entre as duas regiões registrou aumento nos últimos
anos e que, em 2011, envolveu US$ 27,5 bilhões.
“O futuro das nossas regiões depende da
cooperação, educação e ciência”, ressaltou a presidenta, informando que essas
parcerias levarão ao aumento da segurança alimentar e energética entre os
países. “Não podemos nos conformar com o papel de meros exportadores de
commodities, em um mundo cada vez mais interdependente.”
Também estão presentes à cúpula os
presidentes Juan Manuel Santos (Colômbia), que amanhã (3) vai se submeter a
uma cirurgia para a retirada de um tumor maligno na próstata, Rafael Correa
(Equador) e Evo Morales (Bolívia), que usaram camisas e paletós tradicionais
de seus povos, além de José Pepe Mujica (Uruguai) e Cristina Kirchner
(Argentina).
Edição: Lílian Beraldo
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