PRA INICIO DE CONVERSA -21/10/2012
01-. Entidades articulam reforma política
Domingo, 21 de Outubro de 2012 às 01:00 / Por: Redação do Jornal Mossoroense
Entidades da sociedade civil organizada
apresentaram na Câmara dos Deputados, em evento com deputados e senadores, um
conjunto de propostas para reforma do sistema político do país. Entre as
alterações sugeridas estão ampliar a participação direta da população nas
decisões legislativas e instituir o financiamento público de campanhas.
As propostas são parte de um projeto de lei
de iniciativa popular para o qual essas entidades recolhem, há seis meses,
assinaturas de adesão em vários estados. As organizações estão associadas por
meio da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político.
Da mesma forma que na tramitação do projeto que resultou na Lei da Ficha
Limpa, a iniciativa necessita de 1,5 milhão de apoios populares.
Cartilha do movimento apresentada aos
parlamentares explica que a plataforma "é uma articulação de várias
organizações, movimentos, fóruns e redes sociais que, desde 2005, vêm
questionando mais sistematicamente a democracia brasileira, o modo
tradicional de fazer política e as interdições ao direito à participação de
toda a sociedade".
A redução do número de apoios para
apresentação dos projetos de lei de iniciativa popular é uma das principais
propostas. O movimento quer ainda prioridade da tramitação no Congresso para
essas matérias. Além disso, qualquer mudança em projeto popular só poderia
ocorrer por referendo.Visando a estimular a coleta das assinaturas, os
representantes do movimento também estão divulgando suas propostas por meio
de vídeos.
"A proposta de reforma política vai,
no nosso entender, além do sistema eleitoral. Uma reforma política amplia o
espaço de participação pela democracia direta, por exemplo, com o aumento de
referendos e plebiscitos", disse o representante do Instituto de Estudos
Socioeconômicos (Inesc), José Antônio Moroni.
Na proposta de reforma política, além da
redução do número de apoios, está prevista ainda a simplificação do processo
de coleta de assinaturas para a apresentação de projetos de lei de iniciativa
popular. Para isso, seria permitida a adesão por formulário impresso, urna
eletrônica e assinatura digital pela internet. Os apoiadores seriam
identificados pelo nome completo, data de nascimento e município em que vota.
Para aumentar a participação popular na
vida política do país, a sociedade também teria que se manifestar
obrigatoriamente por plebiscitos e referendos sempre que propostas
legislativas alterassem temas específicos, a exemplo da criação,
incorporação, fusão e desmembramento de estados e municípios, além de criação
de territórios federais.
Projetos ou resoluções de aumento de
salários e benefícios dos parlamentares, ministros de governo, presidente da
República e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), pela proposta dos
movimentos sociais, também dependeriam de autorização popular. Outro assunto
que passaria a depender de plebiscito ou referendo são os acordos de livre
comércio.
A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) defendeu o
aperfeiçoamento dos instrumentos da democracia representativa. Ela destacou,
por exemplo, a redução do número de apoio popular exigido atualmente para que
a sociedade apresente um projeto de lei. Jô Moraes disse que esse número
poderia ser reduzido de 1,5 milhão para 500 mil assinaturas.
"Os movimentos sociais têm que
entender que não podem se afastar do processo político, que não é só
pressão", acrescentou a deputada. Ela considerou importante o fato de os
representantes dos movimentos sociais terem promovido o lançamento da
cartilha explicativa da proposta na Câmara dos Deputados.
Marcos Chagas
Agência Brasil
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opine com responsabilidade sem usar o anonimato usando a Liberdade de Expressão assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.
Liberdade de expressão é o direito de todo e qualquer indivíduo de manifestar seu pensamento, opinião, atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sem censura, como assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.